NUPPRE

A Anvisa usou tom otimista na publicação do relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos com resultados de testes feitos em frutas e legumes entre 2017 e 2018. Mas o documento não colocou de forma clara informações de alto interesse público que foram destaque na divulgação de relatórios anteriores. Por exemplo, quais são os alimentos em que mais foram detectados agrotóxicos em doses problemáticas? A Agência Pública e a Repórter Brasil analisaram os dados brutos do relatório em busca dessa e de outras respostas.

A agência divulgou que, no geral, 23% dos alimentos testados tinham agrotóxicos proibidos ou acima do volume permitido. Mas esse quadro é ainda mais preocupante quando se olha alguns alimentos específicos.

Como ocorreu em anos anteriores, o pimentão foi o campeão de problemas. Em cada 10, oito tinham agrotóxicos proibidos ou acima do permitido. A novidade nesta edição do relatório foi o segundo lugar para a goiaba, que teve 42% das amostras testadas com doses acima do recomendado ou agrotóxicos proibidos. Em seguida ficaram a cenoura com 39% de desconformidade,  e o tomate com 35%.

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A revista científica The Lancet anunciou mudanças no processo de avaliação de artigos para evitar a divulgação de papers baseados na interpretação de grandes conjuntos de dados que não possam ser auditados. Com as novas regras, o periódico busca corrigir falhas em seu processo de revisão que se tornaram evidentes com a publicação, em maio, de um paper que teve grande repercussão por concluir que a hidroxicloroquina era ineficaz contra a infecção do novo coronavírus e podia gerar problemas cardíacos. Em junho, o artigo teve de ser retratado quando se viu que seus dados primários tinham uma origem tão duvidosa que nem sequer era possível saber se existiam.

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Fonte: Pesquisa FAPESP

Confira o vídeo de divulgação sobre o projeto Habilidades Culinárias, inserido no NUPPRE, elaborado pela bolsista PIBIC (2019-2020), Luiza Lemos Jorge, como complementação do seu trabalho. Contamos também o apoio da professora Ana Paula Gines Geraldo e da mestranda Clarice Mariano Fernandes Elpo.

Como está a notificação de gordura trans industrial, que faz mal à saúde, nos rótulos de alimentos ao longo do tempo? No dia 30 de outubro, às 14 horas, será transmitida ao vivo, pela plataforma Google Meet, a defesa de dissertação do programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC intitulada “Comparação da notificação de ácidos graxos trans industriais nos rótulos de alimentos comercializados no Brasil nos anos de 2010 e 2013”, desenvolvida por Beatriz I. Vasconcellos de Barros sob orientação de Ana Carolina Fernandes e Nathalie Kliemann. O estudo busca entender a realidade brasileira sobre a rotulagem de gordura trans nos alimentos em 2010 e 2013, bem como estabelece um parâmetro para comparação com as recentes mudanças na legislação de rotulagem nutricional. Se o tema interessou, acesse: https://meet.google.com/itz-tahy-dos

Amanhã, sexta-feira, 23 de outubro, às 10 horas, entidades científicas da saúde e da educação vão apresentar o documento “Ocupar escolas, proteger pessoas, recriar a educação”, em transmissão pela TV Abrasco. Resultado do trabalho coletivo de pesquisadores dessas duas áreas, o documento tem por objetivo contribuir para o debate acerca das medidas de prevenção e controle da pandemia no ambiente escolar e sobre a ocupação das escolas, seguindo os critérios de saúde pública e da realidade educacional do país.

Essa temática já vinha sendo debatida por especialistas de ambas as áreas, o que resultou em um colóquio realizado pela Ágora Abrasco. Dando continuidade a esse trabalho, um grupo ampliado de pesquisadores, representantes de diversas entidades científicas, construiu de forma coletiva o documento agora lançado.

O texto tem como ponto de partida a importância das escolas estarem em diálogo constante com suas respectivas comunidades, aproveitando ao máximo o potencial pedagógico da experiência do confinamento. O documento ressalta ainda que reabrir as escolas ou mantê-las fechadas é algo que deve ser avaliado sob diversos aspectos, que vão além da garantia de protocolos, mas que lidem com a realidade social de cada comunidade.

Lançamento do documento “Ocupar escolas, proteger pessoas, recriar a educação” – clique e acesse

Data: Sexta-feira, 23 de outubro

Horário: Às 10 horas

Transmissão pela TV Abrasco – clique e ative a notificação

Tudo indica que em algum momento do ano que vem teremos uma vacina contra o SARS-CoV-2. Isso posto, um novo e robusto conjunto de decisões está na mesa. Qual vacina, qual população e qual estratégia da campanha são as principais novas perguntas.

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco – considera que devem ser adotadas todas as vacinas que forem registradas pela ANVISA e incorporadas pelo SUS mediante análise da CONITEC. Haverá vacinas registradas (seguras e eficazes) cujo preço não recomendará a sua incorporação.[…] Tudo indica também que haverá mais de uma vacina a quatro ou cinco dólares por dose, pelo menos enquanto durar a pandemia. Entendemos que serão essas as que o SUS fornecerá. Sobre o fim da pandemia, aparece outra pergunta: quem decide o momento do fim da pandemia? A resposta mais lógica sugere que isso deve caber a quem declarou o momento de seu início – a OMS. Não fará sentido que o fim da pandemia seja definido por uma empresa desenvolvedora de vacina. Neste caso, o que foi estabelecido em bases humanitárias seria substituído pelo realismo necrófilo do mercado.

Confira na íntegra a nota da Abrasco sobre vacinas contra Covid-19 aqui.

A Comissão de Plágio e Má Conduta em Pesquisa da BU desenvolveu uma série de recomendações que auxiliam na identificação de plágio em trabalhos acadêmicos, bem como no encaminhamento dessas situações. O relatório da comissão foi encaminhado ao Conselho Universitário para análise. Conheça as orientações da comissão. Saiba mais sobre a comissão.

Em nota a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) destacou que após uma reunião com seus associados também “chegou ao consenso de não apoiar a liberação comercial do Trigo GM. Solicitada a manifestação de todos os presentes, não houve nenhuma em contrário”, destaca.

Representantes da indústria de trigo do Brasil vão pedir ao governo que não libere a comercialização no país. A variedade do cereal HB4 desenvolvida pela Bioceres e pela francesa Florimond Desprez “confere tolerância à seca e tolerância ao herbicida glufosinato de amônio”, segundo o governo argentino. A importação de trigo transgênico ainda não foi aprovada por nenhum país, o que deixaria agricultores argentinos com pouco incentivo para plantar a nova variedade.

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Quando você vai ao supermercado, a quantidade de cores, formatos, marcas, desenhos, fotos e alternativas é desconcertante. À primeira vista, suas chances de escolha, para as refeições que tem pela frente, são cada vez maiores.

Mas, na verdade, a palavra mais marcante do padrão alimentar contemporâneo é monotonia. E isso representa uma tripla ameaça: à saúde, à segurança alimentar e aos serviços ecossistêmicos dos quais todos dependemos.

Como assim? Como evocar monotonia, diante da estonteante variação das prateleiras?

O Estado Mundial das Plantas e dos Fungos, relatório recém-publicado pelo britânico Kew Royal Botanic Gardens, instituição prestigiosa, dirigida pelo pesquisador brasileiro Alexandre Antonelli, ajuda a responder a esta pergunta.

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A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações, (MCTI) realizará Audiência Pública sobre solicitação de liberação comercial de trigo geneticamente modificado para o consumo humano e animal e sobre eventual cultivo de trigo geneticamente modificado no País.
A audiência será realizada nas instalações do  MCTI  no dia 22 de outubro de 2020, das 13:30 às 17:30 horas, e será transmitida por meio da modalidade virtual de “webconferência” devido à atual situação de pandemia.
Com vistas a possibilitar a participação de pessoas externas à Comissão, estamos abrindo as inscrições para participação nas modalidades de expositores credenciados e ouvintes, conforme previsto no Edital n° 01/2020.

Para se cadastrar como expositor credenciado acesse o formulário abaixo:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=59499

Para se cadastrar como ouvinte acesse o formulário abaixo:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=59561

Para dúvidas ou problemas ao enviar o formulário, favor contatar secretariactnbio@mctic.gov.br

Para assistir ao vídeo elaborado pela bolsista PIBIC Isabela Paz Santana, orientada pela professora Rossana Pacheco da Costa Proença, acesse a página de apresentação no site do NUPPRE.

Um corte antecipado do auxílio emergencial no Brasil pode abrir o risco de uma crise alimentar similar à das fomes extremas que caracterizaram o continente africano no século passado. O alerta está sendo lançado por José Graziano da Silva, ex-diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e considerado como “pai” do Fome Zero. Em entrevista exclusiva à coluna dias depois do anúncio do prêmio Nobel da Paz para o combate à fome, ele deixa claro que existe uma possibilidade real de que o número de famintos no Brasil dobre se o auxílio emergencial for cortado ou o seu valor for insuficiente para comprar a cesta básica, especialmente no caso de se c… – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/10/14/graziano-fim-de-auxilio-emergencial-abre-risco-de-fome-extrema-no-brasil.htm?cmpid=copiaecola

El llamamiento es promovido por los pueblos y organizaciones que participan en el Mecanismo de la Sociedad Civil y los Pueblos Indígenas para las relaciones con el CSA

Las organizaciones de los más afectados por el hambre, la malnutrición y la destrucción ecológica lanzan esta invitación para unir fuerzas y desafiar la Cumbre de las Naciones Unidas sobre Sistemas Alimentarios (UN Food Systems Summit – FSS) que se espera que se celebre en septiembre de 2021.

En la coyuntura actual, es más urgente que nunca la necesidad de transformar radicalmente los sistemas alimentarios insalubres, injustos e insostenibles en sistemas alimentarios basados en los derechos humanos y configurados en torno a la soberanía alimentaria y la agroecología. Creemos que la Cumbre está tomando un rumbo problemático y, por lo tanto, hemos expresado nuestras preocupaciones en una carta colectiva firmada conjuntamente por casi 550 organizaciones al Secretario General de las Naciones Unidas en marzo de 2020, que aún no ha recibido respuesta.

Siga a leitura na fonte.

Veja a reportagem com a participação do NUPPRE.

O programa da ONU foi laureado pelos seus esforços em combater a fome e por sua contribuição para melhorar as condições de paz em zonas de conflito. Neste ano já foram concedidos os prêmios de medicina, química, física e literatura.

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No final da tarde de hoje, 07 de outubro de 2020, durante a  19ª Reunião Ordinária Pública da Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, transmitida via YouTube, foi aprovada por unanimidade a nova legislação brasileira de Rotulagem de Alimentos.

O NUPPRE-UFSC trabalha cientificamente neste tema desde 2006, sendo que muitas das evidências científicas que embasam a nova legislação foram produzidas por nós. E como desde 2014 fazemos parte de grupos de discussão a respeito na ANVISA, enviamos vídeos de apoio à proposta que foram mostrados durante a reunião.

Assim, esta aprovação tem um sabor de vitória no sentido da materialização da nossa contribuição à Ciência da Nutrição e à saúde da população brasileira.

Veja mais informações.

Acompanhe o vídeo elaborado pelo NUPPRE.

Os interessados deverão visitar a página sgsepex.ufsc.br . Ali, deverão clicar em ‘Entrar’ no campo superior direito e em ‘cadastrar-se’, seguindo os procedimentos indicados. Após fazer seu cadastro, deverá clicar em ‘18ª SEPEX/ Sepex em Casa’ e em ‘Minicursos: inscrições’, acessando assim a lista geral.

A revista DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde informa a publicação, em fluxo contínuo, de artigos do volume 15 (2020).  Foram publicados oito artigos, em português e inglês.
(mais…)

Se não bastasse a pandemia de Covid-19 que agride a saúde da população brasileira desde o início do ano, outra situação alarmante tem se evidenciado no Brasil e na capital catarinense: a presença da fome e da miséria na vida de muitas famílias. Nove milhões de brasileiros deixaram de comer por falta de dinheiro durante a pandemia, segundo levantamento feito pelo Ibope e Unicef. Buscando responder à essa situação, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Comseas), junto de organizações, pessoas e movimentos sociais de Florianópolis têm exigido a instalação de um Restaurante Popular no município.

Os restaurantes populares visam assegurar a entrega de refeições saudáveis, de qualidade e a preços acessíveis – ou gratuitas em alguns casos – prioritariamente para populações em vulnerabilidade social, sejam trabalhadores/as informais ou trabalhadores/as precarizados, desempregados/as, imigrantes e refugiados, entre outros. Apesar de ganhar importância neste momento crítico, a luta pelo restaurante popular em Florianópolis não é novidade, bem como a presença da fome, que não se deve somente à pandemia.

Leia na íntegra.

The George Institute for Global Health invites you to a virtual #GeorgeTalks on ‘Food, COVID-19, and Sensible Policy: Time to #FixFood’ on Friday 16 October 2020 to mark World Food Day.

We will be joined by renowned American cardiologist, Dr. Dariush Mozaffarian, Dean of the Friedman School of Nutrition Science & Policy at Tufts University.

Friday 16 October 2020 (World Food Day)

10am to 11am

Zoom webinar

Desde 2015, quando fiz meu primeiro curso sobre agroflorestas sucessionais, fiquei muito instigado com a ideia de que abundância ecológica pudesse ser o resultado de uma atividade econômica (neste caso, do cultivo de agroflorestas sucessionais e biodiversas). Trabalhando, já há alguns anos, com políticas públicas no Ministério do Meio Ambiente, observei que os debates sobre redução de danos de atividades econômicas eram muito mais frequentes do que as possibilidades de atividades, de fato, regenerativas.

Desde então, passei a estudar mais sobre agrofloresta e a cultivar no quintal de casa, aprendendo, com muitos erros e acertos, como a abundância é o caminho natural dos processos da vida. Ao mesmo tempo, fui refletindo sobre os significados do cultivo de regeneração para uma sociedade onde, há séculos, prevalece a lógica da extração (da madeira, do ouro e outros minérios ou da fertilidade do solo na forma de monoculturas de cana, café, soja…).

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Tornou-se público um documento (Nota técnica número 42/2020, processo número 21000.090207/2019-56) em tramitação no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) destinado ao Ministro da Saúde (MS) solicitando a revisão do Guia Alimentar para a População Brasileira.

A Nota Técnica apresenta um conjunto de argumentos superficiais ao Guia em mais uma das recorrentes tentativas de ocultar os impactos negativos que os alimentos ultraprocessados podem gerar na nossa saúde — contrariando um conjunto consistente de inúmeras evidências científicas produzidas por pesquisadores de instituições amplamente respeitadas não só no Brasil mas em todo o mundo. As críticas foram cuidadosamente contestadas em uma nota oficial do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo.

Leia o manifesto na íntegra e assine!

Em 2017-2018, dos 68,9 milhões de domicílios no Brasil, 36,7% (o equivalente a 25,3 milhões) estavam com algum grau de Insegurança Alimentar (IA): IA leve (24,0%, ou 16,4 milhões), IA moderada (8,1%, ou 5,6 milhões) ou IA grave (4,6%, ou 3,1 milhões). Na população residente, estimada em 207,1 milhões de habitantes, 122,2 milhões eram moradores em domicílios com SA, enquanto 84,9 milhões habitavam aqueles com alguma IA, assim distribuídos: 56,0 milhões em domicílios com IA leve, 18,6 milhões em domicílios com IA moderada e 10,3 milhões em domicílios com IA grave.

Como retrataram três suplementos da antiga PNAD, a prevalência nacional de Segurança Alimentar (SA) era de 65,1% dos domicílios do país, em 2004, cresceu para 69,8%, em 2009, e para 77,4%, em 2013. Mas a POF 2017-2018, que investiga esse fenômeno com a mesma metodologia, mostra que essa prevalência caiu para 63,3% dos domicílios, abaixo do observado em 2004. A IA leve teve aumento de 33,3% frente a 2004 e 62,2% em relação a 2013. Já a IA moderada aumentou 76,1% em relação a 2013 e a IA grave, 43,7%.

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