Boletim Rede Alimenta: Cúpula da FAO, Banco de Alimentos e PAA

02/03/2016 22:37

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América Latina e Caribe cumpre compromisso de reduzir a fome pela metade, afirma FAO 

Nações Unidas lançam panorama sobre insegurança Alimentar da região durante conferência no México. Os países da América Latina e do Caribe cumpriram a meta dos Objetivos do Milênio e reduziram pela metade a fome na região. Este é o resultado apresentado no relatório Panorama da Insegurança Alimentar na América Latina e Caribe 2015, lançado durante a 34ª Conferência Regional para América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO). Leia mais

O PAA Sementes distribuiu 61 toneladas de sementes em Goiás.

Incentivo do governo federal valoriza quem produz os grãos crioulos e garante maior produtividade à agricultura familiar. Leia mais

Combate ao desperdício de alimentos promove segurança alimentar em Ubá (MG) 

Experiências bem sucedidas de bancos de alimentos serão conhecidas por todo país na 1ª Mostra Nacional de Banco de Alimentos, que será realizada em maio. Leia mais

Compra Institucional é apresentada em reunião da CIT 

MDS apresenta modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos para que gestores da assistência social beneficiem os agricultores familiares em suas compras públicas. Leia mais

Governo federal debate desafios da segurança alimentar e nutricional 

Plano Nacional para a área, com vigência até 2019, foi tema de reunião da Caisan, em Brasília. Leia mais

Caroço não é Lixo, é Semente! Plante! 

Campanha do Instituto Iacitatá sensibiliza a população sobre desperdício de possibilidades de plantio de árvores frutíferas e acesso ao alimento de qualidade e baixo custo. Leia mais

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OMS divulga nota sobre microcefalia, vacina, larvicida e mosquito transgênico

02/03/2016 09:19

Apenas Brasil e Polinésia Francesa relataram aumento de casos de microcefalia e outras malformações neonatais, embora dois casos de pessoas que estiveram no país sul-americano tenham sido detectados nos EUA e Eslovênia.

Jackeline, 26, holds her son Daniel who is 4-months old and born with microcephaly, in front of their house in Olinda

Jackeline, 26, segura seu filho Daniel de 4 meses de idade nascido com microcefalia, em Olinda

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, nesta segunda-feira, 29 de fevereiro, uma nota informativa que esclarece rumores sobre o vírus Zika e a microcefalia, destaca o Ministério da Saúde. Entre os boatos citados estão a possível relação da malformação em decorrência do uso de vacinas, larvicidas, mosquitos geneticamente modificados, entre outros. A organização é taxativa em afirmar que não há evidências científicas que possam relacionar os casos de Zika e de microcefalia com o uso desses produtos.

Confira abaixo a nota traduzida:

Entenda rumores sobre Zika e microcefalia

Não há evidências de que vacinas causam microcefalias em bebês

Não existe evidência relacionando qualquer vacina ao aumento de casos de microcefalia, identificados primeiramente na Polinésia Francesa, na epidemia de 2013-2014, e mais recentemente no Nordeste brasileiro. Não há evidência de que vacinas causam microcefalia em bebês.

Uma extensa análise dos documentos publicados em 2014 não encontrou prova de que nenhuma vacina aplicada durante a gravidez resultou em má-formação nos recém-nascidos. O Comitê Global de Aconselhamento em Segurança de Vacinas, que oferece aconselhamento científico independente à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre questões de segurança das vacinas, chegou à conclusão similar em 2014.

Adicionalmente, agências reguladoras nacionais são responsáveis por garantir que produtos distribuídos para uso da população, como vacinas, sejam devidamente avaliados de maneira a obterem padrões internacionais de qualidade e segurança. A OMS auxilia os países no fortalecimento dos seus sistemas nacionais de regulamentação.

Não há evidência de que o inseticida pyriproxyfen causa microcefalia

O pyriproxyfen é um dos 12 inseticidas que a OMS recomenda para reduzir as populações dos mosquitos. Larvicidas são inseticidas que matam o mosquito no estágio larval.

Com base nas avaliações da OMS, não há indício de que o pyriproxyfen causa efeitos de desenvolvimento que podem resultar em microcefalia. A OMS continuará a avaliar evidências complementares sempre que disponíveis. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental e investigadores da União Europeia chegaram à conclusão semelhante quando fizeram uma avaliação em separado do produto.

Larvicidas são armas importantes no arsenal da saúde pública. Especificamente em cidades e municípios nos quais não há água encanada, as pessoas tendem a beber água em recipientes dentro e fora de casa. Essas fontes de água, da mesma forma que espaços que acumulam água no lixo, calçada, vasos de plantas e pneus, servem como criadouros ideais para os mosquitos.

Larvicidas, como o pyriproxyfen, são usados em recipientes nos quais as pessoas armazenam água para impedir que as larvas se tornem mosquitos. Quando as pessoas bebem água de recipientes que foram tratados com pyriproxyfen, elas são expostas ao larvicida – mas em quantidades pequenas que não causam dano à saúde. Ainda, 90%-95% de qualquer larvicida são expelidos pela urina em até 48 horas. Esse produto vem sendo usado desde o final dos anos 1990, sem qualquer relação com efeitos colaterais de saúde.

Não há evidência de que a epidemia de zika e os aumentos incomuns de casos de microcefalia no Brasil estejam relacionados ao mosquitos geneticamente modificados no Brasil

Não existem evidências de que o vírus zika ou a microcefalia no Brasil sejam causados por mosquitos geneticamente modificados. Nos mosquitos geneticamente modificados, os genes dos machos são alterados. Por conta das mudanças, quando eles acasalam com as fêmeas, as larvas não sobrevivem. Essa prática busca controlar e reduzir significantemente as populações de mosquitos.

A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.

Não há evidência de que mosquitos esterilizados contribuam para o aumento do Zika

Uma técnica que vem sendo desenvolvida para impedir o zika é o lançamento em massa de mosquitos esterilizados com baixas doses de radiação. Quando um macho estéril acasala, os ovos da fêmea não sobrevivem. A técnica vem sendo usada de forma bem sucedida e em larga escala para controlar pragas que ameaçam a agricultura e pecuária. Não há prova de que a técnica tem sido associada com o aumento de casos de microcefalia ou qualquer anomalia ou má formação.

A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.

Bactérias usadas para controlar a população masculina dos mosquitos não estão expandindo o zika

Bactérias, como a Wolbachia, são usadas para controlar populações de mosquitos; elas não afetam seres humanos ou outros animais. A Wolbachia é encontrada em 60% dos insetos comuns, como moscas e borboletas. Mosquitos portadores da bactéria Wolbachia foram soltos em vários lugares, como Austrália, Brasil, Indonésia e Vietnã, de maneira a controlar a dengue (que é transmitida pelo mesmo mosquito do zika). Quando as fêmeas acasalam com machos portadores da bactéria, os ovos não eclodem, reduzindo as populações.

Peixes podem ajudar a acabar com o Zika

Alguns países afetados por zika e dengue estão usando métodos biológicos como parte de uma abordagem integrada de controle dos mosquitos. El Salvador, por exemplo, com grande apoio das comunidades de pescadores, está introduzindo peixes que se alimentam de larvas em recipientes de armazenamento de água.

Fonte: ABRASCO

Boletim Rede Alimenta: PAA Sementes, PAA Familiar, Compra Institucional

24/02/2016 10:35

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PAA Sementes: garantia de alimentação e renda para famílias pobres do campo 
Por meio do Programa de Aquisição de Alimentos, governo federal compra 61 toneladas de sementes e distribui a agricultores familiares de Goiás. Mais de 61 toneladas de sementes crioulas de milho, feijão e de arroz estão sendo adquiridas pelo governo federal por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). São grãos que saíram das propriedades de agricultores familiares em Goiás e que irão beneficiar outras famílias de 60 municípios do estado que vivem no campo e fazem parte do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal. Foram investidos R$ 500 mil na aquisição das sementes. Leia mais
Minas Gerais fortalece agricultura familiar 
PAA Familiar determina compra de no mínimo 30% de produtos da agricultura familiar pela administração estadual. Leia mais
Itália quer parceria com Brasil para programa de combate à pobreza. Leia mais
Universidade do RS lança edital para a compra de carne de frango da agricultura familiar 
Serão adquiridas 196 toneladas de frango para compor a refeição em seis restaurantes da UFRGS. Leia mais
MDS repassa R$ 203 milhões para investimento em creches 
Prefeituras podem aplicar recursos em manutenção e desenvolvimento da educação infantil para garantir cuidado integral e segurança alimentar das crianças. Leia mais
Mostra abre inscrição para experiências de Bancos de Alimentos 
Trabalhadores, gestores, docentes e estudantes de todas as regiões têm até 29 de março para apresentar iniciativas de promoção da alimentação saudável e de gestão, monitoramento e interface do equipamento de segurança alimentar com outras políticas públicas. Leia mais
Artigo releva impacto de ações de programa de educação alimentar e nutricional 
Estudo conclui que estratégias de educação alimentar e nutricional melhoram padrão alimentar dos adolescentes. Leia mais
Dica de cinema que Alimenta 
Estreou na última sexta-feira (19), a série “Cooked” no Netflix, serviço de streaming de vídeo com milhões de assinantes em centenas de países pelo mundo. A série é inspirada no livro “Cozinhar, Uma História Natural da Transformação”, de Michael Pollan, jornalista americano e ativista da boa alimentação, que é também o protagonista. Dividida em quatro capítulos: água, terra, fogo e ar, vem com a proposta de discutir a nossa relação com os alimentos e de onde eles vem. Uma ótima dica para aprender mais sobre segurança alimentar. Confira

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OPAS/OMS apresenta novo modelo do perfil nutricional

23/02/2016 16:04

Documento foi lançado na última quinta-feira, 18, em Washington, EUA, e contou com pesquisadores brasileiros.

Aprovado em 2014 pela Organização Pan-Americana da Saúde ( OPAS/OMS), o Plano de Ação para a prevenção da obesidade na infância e adolescência reformulou um de seus instrumentos para a efetivação de políticas públicas que apontem para o desenvolvimento de políticas, regulamentos e diretrizes regionais para alimentos e bebidas no continente.  O modelo de recomendação do perfil nutricional de alimentos e bebidas é uma importante ferramenta para a classificação de alimentos de acordo com a sua composição nutricional e foi apresentado nesta quinta-feira, 18 de fevereiro, em uma conferência virtual, realizada na sede da Organização, em Washington, EUA.

Acesse o novo Modelo de Perfil Nutricional em português

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Evento acontecerá na sede da OPAS/OMS e terá transmissão online – Foto: OPAS/OMS

Acesse o documento em inglês

O documento serve de orientação para estudos e políticas para a promoção de uma alimentação adequada e saudável e pesquisas sobre obesidade e doenças não transmissíveis, bem como para demais áreas da saúde pública e coletiva. Para Fabio Gomes, pesquisador do Inca e presidente da Associação Mundial de Nutrição em Saúde Pública (WPHNA), a nova tabela é uma ótima referência não só para a comunidade científica, mas também para juízes e legisladores. “Ele confere objetividade às definições em medidas regulatórias e decisões judiciais, o que facilita também o monitoramento, a caracterização de descumprimento e aplicação de sanções”.

A sessão de lançamento será aberta por Francisco Becerra, diretor adjunto da OPAS/OMS e contará com a participação de Carlos Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP), na apresentação das evidências e do processo de desenvolvimento que justificou a revisão. O documento será também disponibilizado na seção de Nutrição e Obesidade do site do OPAS/OMS, que já oferece um conjunto de documentos tanto das organizações internacionais como dos países-membros, dentre eles, o Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em novembro de 2014.

Fonte: ABRASCO

Concurso cultural oferece curso na Sorbonne

17/02/2016 23:16

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Já imaginou passar um mês em Paris, estudando na Sorbonne? Para concorrer a este prêmio, é muito simples: basta enviar uma fotografia com o tema “A França no Brasil” e pedir para seus amigos votarem na sua imagem!

O concurso cultural “Quero estudar na França” é realizado pelo Campus France Brasil, a agência do governo francês para promover o ensino superior. As fotos devem ser enviadas por meio do site da agência até 9 de março de 2016. A votação vai acontecer entre 10 e 14 de março. O primeiro colocado ganha um curso de “Civilisation Française” na Sorbonne (Paris), com duração de um mês, com hospedagem e passagem aérea cedida pela Air France – KLMO segundo lugar vai receber um curso de francês com duração de um mês na alpha.b (Nice), com hospedagem. E o terceiro, brinde cedido pela Livraria Francesa.

Entre os critérios de votação, estão criatividade e quantidade de votos recebidos do público. As grandes vencedoras serão anunciadas em 17 de março, em um grande evento simultâneo, a Soirée Campus France Brasil, que acontecerá em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

O regulamento está disponível no site Campus France Brasil.

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Coordenação de Agroecologia divulga nota sobre matéria do Fantástico

15/02/2016 11:49

A Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, na última sexta-feira (05/02), uma nota com informações e reflexões sobre a denúncia de irregularidades na comercialização de produtos orgânicos, exibida no Fantástico no dia 31/01/2016.

De acordo com a nota, “o Mapa audita pelo menos, uma vez ao ano, os 25 organismos certificadores credenciados para atuarem no Brasil, que fazem a inspeção e controle de 8.467 produtores orgânicos certificados. O controle é feito, também, por ações de fiscalização do Ministério nas unidades de produção e pontos de comercialização. Essas ações se baseiam numa sistemática de amostragem e sempre que surgem denúncias ou suspeitas”. A nota destaca ainda que, de 2011 até 2015, 2.496 produtores foram excluídos do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.

Clique aqui e leia a nota na íntegra

Fonte: Ascom/Consea

Boletim Brasil Social – Fevereiro/2016‏

11/02/2016 12:41
Governo Federal investiu R$ 567,2 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar. Montante contribui para segurança alimentar e nutricional da população de baixa renda. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) fortalece canais de comercialização das famílias e contribui para segurança alimentar e nutricional da população de baixa renda. Leia mais
Desde 2003, já foram entregues mais de 1,2 milhão de tecnologias de acesso à água no Semiárido. Leia mais
“Depois que surgiu o PAA, a gente arregaçou as mangas”. Agricultora familiar de Luziânia (GO), Antonieta reformou a casa e começou um novo negócio graças ao programa. Leia mais
“Sou embaixador do Bolsa Família”, diz Nobel da Paz de 2014. Kailash Satyarthi se mostrou surpreso com o impacto do programa na redução da desigualdade educacional. Leia mais 
Novo perfil do trabalho infantil exige soluções novas. Ministra Tereza Campello destaca que trabalho infantil no Brasil mudou nas duas últimas décadas. Leia mais 
Bolsa Família: 1,3 milhão de crianças devem ser matriculadas este ano. Frequência escolar é uma das condições para continuar recebendo o benefício. Leia mais 
Delegações de 40 países conheceram políticas sociais brasileiras em 2015. Interesse internacional reflete o êxito das ações de proteção social. Leia mais 
Governo aprimora repasses do Brasil Carinhoso. Decreto reforça a importância de vagas em creches para as crianças de baixa renda. Leia mais 
Campanha: Combate ao mosquito Aedes aegypti. Ouça e saiba como é possível eliminar os focos do mosquito na sua casa. Participe da campanha! Ouça 
Leia também: • Suas reforça acesso ao mercado de trabalho
• MDS mobiliza servidores no combate ao mosquito Aedes aegypti
• Central de Relacionamento do MDS atende 2,7 milhões de pessoas em 2016 
• Rede Trans pede ampliação de apoio a travestis e transexuais 
• Agricultores familiares recebem R$ 8,7 milhões do PAA 
• Debate sobre o filme “Que horas ela volta?” mostra uma sociedade mais consciente das mudanças
• “A chuva que está caindo no sertão traz muita felicidade”

 

Fraudes escamoteadas

03/02/2016 11:44

Pesquisadores que falsificam dados em artigos científicos costumam adotar padrões de escrita para tentar mascarar pistas de má conduta. Essa é a principal conclusão de um estudo realizado por Jeff Hancock e David Markowitz, professores do Departamento de Comunicação da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. No trabalho publicado em novembro no Journal of Language and Social Psychology, eles mostram que há distinções no estilo de escrita em artigos fraudulentos e não fraudulentos. Os autores analisaram 253papers publicados em vários periódicos na área de biomedicina que foram retratados entre 1973 e 2013. Com a utilização de técnicas de linguística computacional, os documentos foram comparados com artigos que não foram alvo de retratação, publicados nas mesmas revistas e no mesmo período, abrangendo assuntos parecidos. Os resultados mostram que os artigos retratados apresentam um nível elevado do que eles chamam de “ofuscamento linguístico”. “Cientistas que falsificam dados têm consciência de que estão cometendo má conduta e não querem ser pegos. Uma estratégia para contornar isso é tentar ofuscar a fraude por meio de palavras ou expressões no texto”, explicou Markowitz aosite da Universidade Stanford. Esse fenômeno já havia sido observado em relatórios financeiros. “Quisemos verificar se o mesmo ocorre em artigos científicos.”

Observou-se, por exemplo, que os artigos fraudulentos apresentam um número maior de jargões técnicos: em média, cerca de 60 termos especializados a mais do que em artigos não fraudulentos. Uma explicação possível é que essas palavras, incomuns na comunicação do cotidiano, ajudam a simular o lastro científico do artigo. Também ocorre uma incidência menor de termos que expressam emoções ou juízo de valor, como “sucesso” ou “melhorar”, nos papers retratados. De acordo com os autores da pesquisa, utilizar menos palavras que soem positivas, como afirmar que os resultados obtidos são “satisfatórios”, serve para não chamar a atenção do leitor em relação aos dados falsificados no artigo. “Nosso trabalho é uma contribuição dentro de um esforço de pesquisa que busca compreender como a linguagem pode revelar dinâmicas sociais e psicológicas, como a fraude”, explica Markowitz. No entanto, ele ressalta a necessidade de mais estudos sobre o assunto para que essa abordagem possa ser utilizada para detectar fraudes.

Fonte: Revista Pesquisa FAPESP

Cidades sustentáveis e saudáveis: microcefalia, perigos do controle químico e o desafio do saneamento universal

02/02/2016 18:03

Abrasco emite Nota oficial onde diz não às mesmas medidas ineficazes e perigosas e sim às ações socioambientais transformadoras

A Abrasco manifesta-se através da atuação dos Grupos Temáticos de Saúde e Ambiente; Saúde do Trabalhador; Vigilância Sanitária; Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável e ainda Educação Popular em Saúde, sobre a epidemia de microcefalia. O documento pretende aprofundar reflexões, questionamentos e fazer proposições que possam orientar as políticas públicas na intervenção preventiva frente ao surto.

O crescimento exponencial da epidemia de dengue (em 2015, o Ministério da Saúde registrou 1,649,008 casos prováveis desta virose no país e houve um aumento de 82,5% dos óbitos em relação ao ano anterior). A expansão territorial da infestação pelo Aedes aegypti atestam o fracasso da estratégia nacional de controle. Com o surgimento da epidemia do zika vírus, com repercussões ainda mais danosas ao ser humano, urge a revisão de nossa política e do programa de controle da infestação dos Aedes visando impedir a ocorrência de epidemias por arbovírus.

Vários fatores estão envolvidos na causa dessa tragédia sanitária. Trata-se de um fenômeno complexo. Para a Abrasco, a degradação das condições de vida nas cidades, saneamento básico inadequado, particularmente no que se refere à dificuldade de acesso contínuo a água, coleta de lixo precária, esgotamento sanitário, descuido com higiene de espaços públicos e particulares – são os principais responsáveis por esse desastre.

Observa-se que a distribuição espacial por local de moradia das mães dos recém-nascidos com microcefalia (ou suspeitos) é maior nas áreas mais pobres, com urbanização precária e  saneamento ambiental inadequado. Nestas áreas, o provimento de água de forma irregular ou intermitente leva essas populações ao armazenamento domiciliar de água de modo inadequado, condição muito favorável para a reprodução do Aedes aegypti.

Associa-se a isto a debilidade do Sistema Único de Saúde – SUS e do Estado brasileiro para enfrentar este problema. Não há integração entre municípios, estados e União, o que impede a implementação de ações sincronizadas. Defendemos a constituição de estruturas de Vigilância à Saúde, em cada uma das 400 Regiões de Saúde, com unificação de recursos visando planejamento e gestão das ações tanto dos municípios quanto de estados e União.

O enfrentamento destas epidemias necessita de ações que atuem em curto e médio prazo: – Apoio e articulação de pesquisas voltadas para produção de vacinas, com prioridade para o zika vírus; estudos para produzir  conhecimentos da epidemia desta doença, definindo cientificamente seu modo(s) de transmissão, danos ao sistema nervoso, desenvolvimento em escala de testes clínicos, dentre outras inciativas . – Controle da infestação de Aedes, por meio do desenvolvimento de ações imediatas em larga escala de destruição de criadouros e  melhoria das condições sócio-ambientais de nossas cidades. É importante assinalar que estas intervenções urbanas precisam ser realizadas de forma contínua e sistemática, e não como campanhas sanitárias pontuais. O terceiro tipo de ação se refere ao cuidado preventivo e atenção à saúde das pessoas expostas ao risco e infectadas.
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Livro: Alimentação Escolar, construindo interfaces entre saúde, educação e desenvolvimento

02/02/2016 12:21

1_Alimentacao-escolar--construindo-interfaces-entre-saude--educacao-e-desenvolvimento_29Lançamento da obra: Alimentação escolar, construindo interfaces entre saúde, educação e desenvolvimento.

Esta obra é o resultado das aproximações empreendidas por diferentes atores com a alimentação escolar, cada um abordando-a a partir de suas experiências e trajetórias, teóricas e práticas, o que contribui para compor um panorama ampliado da temática. Neste sentido, este esforço coletivo resulta interdisciplinar, visto que o produto que se apresenta é a síntese de um processo de convergência de saberes diversos que possibilitou, em alguma medida, superar as fronteiras que desafiam a compreensão de temas complexos, como o que dá eixo a esta obra.
A alimentação escolar tem um importante papel interdisciplinar e intersetorial, dialogando com várias perspectivas e dimensões. É nessa direção que esta obra é apresentada, buscando explicitar as interfaces que vêm sendo construídas e as que podem ser configuradas e fortalecidas a partir da alimentação escolar, especialmente com os campos da saúde, da educação e do desenvolvimento.

Organização de Carla Rosane Paz Arruda Teo e Rozane Marcia Triches.

Capítulos com participação de membros do NUPPRE:

MARTINELLI, Suellen Secchi; SOARES, Panmela; FABRI, Rafaela Karen; VEIROS, Marcela Boro; CAVALLI, Suzi Barletto. Qualidade da alimentação escolar: método para avaliação da Aquisição de Gêneros Alimentícios (AGA). In: TEO, Carla Rosane Paz Arruda; TRICHES, Rozane Marcia (Org.). Alimentação escolar: construindo interfaces entre saúde, educação e desenvolvimento. Chapecó: Argos, 2016. p. 345-378

ROSSI, Camila Elizandra Rossi; TASCA, Cassiani Gotâma. Adesão e aceitabilidade da alimentação escolar. In: TEO, Carla Rosane Paz Arruda; TRICHES, Rozane Marcia (Org.). Alimentação escolar: construindo interfaces entre saúde, educação e desenvolvimento. Chapecó: Argos, 2016. p. 379-404

Vendas no site da editora ARGOS: www.editoraargos.com.br

Santa Catarina decreta obrigatoriedade da informação de ingredientes para alimentos entregues em domicílio

30/01/2016 00:37

O Governador do Estado de Santa Catarina publicou em dezembro o Decreto nº487 de 01 de dezembro de 2015. Esse regulamenta a Lei nº15.447 de 2011, que dispõe sobre a obrigatoriedade de informar aos consumidores os ingredientes utilizados no preparo dos alimentos entregues em domicílio por restaurantes, bares, lanchonetes, confeitarias, padarias, rotisserias e congêneres. O documento incumbe ainda aos órgãos de proteção e defesa do consumidor estadual ou municipais a fiscalização no seu cumprimento.

Acesse o decreto na integra: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=310894

Qualidade de carne orgânica em relação à convencional

04/10/2015 21:13

VALORES NUTRICIONAIS E QUALITATIVOS DE CARNES BOVINAS (LONGISSIMUS THORACIS) PROVENIENTES DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO ORGÂNICA E CONVENCIONAL

Ana Paula Costa Rodrigues Ferraz, Jessica Moraes Malheiros, Renata Maria Galvão de Campos Cintra, Luis Artur Loyola Chardulo

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da produção de animais sob o sistema de manejo orgânico e convencional em relação à qualidade da carne de bovinos machos Nelore (Bos indicus). Foram utilizados oito animais provenientes do sistema de produção orgânica e 15 animais produzidos sob o sistema convencional terminados em confinamento por 90 dias. Após o abate, as carcaças foram resfriadas no período de 24 a 48 horas, e duas amostras do músculo Longissimus thoracis foram coletadas com aproximadamente 2,54 cm de espessura entre a 12a-13a costelas da meia carcaça esquerda de cada bovino. Foram avaliadas características químicas, como lipídeos totais (LT) e índice de fragmentação miofibrilar (MFI). De modo suplementar, avaliaram-se características como força de cisalhamento (FC), área de olho de lombo (AOL), índice de marmorização (IM), espessura de gordura subcutânea (EGS), composição centesimal, perdas totais (PT) e coloração instrumental. Constatou-se que as amostras de procedência orgânica apresentaram melhores características de coloração instrumental, considerada o principal atrativo no momento da compra. O valor médio de força de cisalhamento foi menor para a carne orgânica, sendo positivamente relacionado com a maciez. Diferenças significativas entre os dois grupos também podem ser observadas nas análises de lipídeos totais, espessura de gordura e teor de umidade, que apresentaram valores superiores em relação aos animais terminados em confinamento.

 

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Abertas as inscrições para Reunião do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos na próxima semana

23/06/2015 08:50

O Intituto de Pesquisa em Risco e Sustentabilidade (Iris/UFSC) realiza na próxima segunda-feira, a partir das 13h, a reunião do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FCCIAT), no auditório do Centro Socioeconômico (CSE). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até domingo pelo formulário disponível no site do evento. O FCCIAT é um espaço permanente, plural e aberto de discussão e formulação de propostas de interesse coletivo, formado por entidades da sociedade civil organizada, Ministério Público e órgãos dos poderes do Estado de Santa Catarina. Tem como objetivo geral proporcionar, em âmbito estadual, o debate das questões relacionadas aos agrotóxicos, produtos afins e transgênicos, de modo a fomentar ações integradas de tutela à saúde do trabalhador, do consumidor, da população e do ambiente ante os males causados pelo uso indevido de ingredientes químicos e da transgenia.
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ABERTAS INSCRICOES DO PREMIO INCENTIVO EM CIENCIA PARA O SUS

19/06/2015 20:32

Estão abertas até três de julho as inscrições para o Premio Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS (Sistema Único de Saúde). O premio visa reconhecer e promover trabalhos tecnico-cientificos desenvolvidos por pesquisadores e profissionais de saúde com temas que atendam as necessidades de saúde no âmbito do SUS e a produção de inovações tecnológicas com potencial de Incorporação em sistemas e serviços de saúde.
A premiação possui quatro categorias: Tese de Doutorado, cujo premio corresponde a R$ 50 mil; Dissertação de Mestrado, que dará R$ 30 mil ao vencedor; Trabalho Cientifica Publicado, R$50 mil; Monografia de Especialização/ Residência, R$ 15 mil.
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Agroecologia apresenta respostas concretas para os desafios contemporâneos

26/03/2015 21:56

Por que interessa à sociedade apoiar a agroecologia? Essa foi a pergunta que norteou o terceiro Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), realizado em maio, na cidade de Juazeiro, Bahia. A questão foi debatida com trabalhadores do campo, técnicos, professores, pesquisadores, extensionistas, estudantes e gestores públicos. O encontro resultou numa Carta Política com reflexões e proposições para implementar uma nova maneira de produzir, distribuir, divulgar e consumir alimentos. O atual sistema alimentar, baseado no princípio do alimento como mercadoria, não considera o território, a cultura e as pessoas do lugar, reforçando desigualdades e injustiça, tanto no campo e na cidade. Com isso, as escolhas alimentares ficam restritas à produção agrícola comercial e industrializada.

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Alimentos regionais brasileiros / Ministério da Saúde

04/03/2015 20:58

Esta nova edição apresenta-se com o propósito de favorecer o conhecimento acerca das mais variadas espécies de frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos, cereais, ervas, entre outros existentes em nosso país, além de estimular o desenvolvimento e a troca de habilidades culinárias, resgatando e valorizando o ato de cozinhar e apreciar os alimentos, seus sabores, aromas e suas apresentações, tornando o ato de comer mais prazeroso.
O material traz – além dos alimentos por região – receitas culinárias, dicas de como cozinhar com mais saúde e uma lista de possíveis substituições para as preparações desenvolvidas, ressaltando nossa diversidade cultural. O resgate, o reconhecimento e a incorporação desses alimentos no cotidiano das práticas alimentares representam importante iniciativa de melhoria do padrão alimentar e nutricional, contribuindo para a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável e da segurança alimentar e nutricional da população brasileira.
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CONSEA divulga relatório sobre transgênicos

11/02/2015 11:04

Visando debater uma das ameaças que afetam a produção e o consumo de alimentos, o Consea Organizou, em Brasília, a Mesa de Controvérsias sobre Transgênicos, em dois momentos distintos,
11 e 12 de julho de 2013, e 3 de dezembro de 2013.

Com esta publicação, O Consea espera contribuir com a ação cidadã daqueles e daquelas que assumem o compromisso de trabalhar por um modelo de produção e de consumo de alimentos saudáveis e sustentáveis, pela soberania e segurança alimentar e nutricional e pelo Direito Humano
à Alimentação Adequada.

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Fraude na ciência

03/02/2015 10:37

Quatro anos depois de revelado o maior caso de fraude já documentado envolvendo cientistas brasileiros, vêm à tona novas acusações de má conduta dirigidas a químicos do país, inclusive um professor que participara do episódio anterior. Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são acusados de reaproveitar as mesmas imagens em várias publicações, fazendo-as passar por resultados de experimentos feitos com substâncias químicas diferentes. Dois artigos de autoria do grupo já foram anulados pelas revistas em que haviam sido publicados, e outros dois sofreram correções.

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