Notícia de Capa: CGAN participa de Reunião do Grupo Técnico Assessor do Sódio

05/11/2017 15:57

Nos dias 25 e 26 de outubro foi realizada a reunião do Grupo Técnico Assessor para a Redução do Consumo de Sódio nas América, na sede da Organização Pan Americana da Saúde, em Washington, Estado Unidos, dando continuidade à terceira fase de trabalhos do grupo para o período de 2016 a 2019. Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Brasil, nesta nova fase do grupo o Coordenador Substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, foi designado como vice-coordenador (co-chair) do grupo para a América do Sul e Central, trabalhando junto com a coordenadora Mary L’Abbe, da Universidade de Toronto, no Canadá, e as referências técnicas na Opas no planejamento e implementação das ações do grupo na região, assim como atuando como referência técnica para os países (…)

Para saber mais sobre o assunto:

– Baixe a Segundeira da CGAN desta semana no link: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-download_file.php?fileId=1755; ou

– Acesse o Blog da CGAN da RedeNutri (http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-view_articles.php).

Nota pública sobre as Políticas (Nacional, Estadual e Municipal) de Erradicação da Fome e Promoção da Função Social dos Alimentos

30/10/2017 15:34

São Paulo, 26 de outubro de 2017

A Aliança pela Alimentação Adequada e saudável manifesta seu repúdio a iniciativas recentes que, anunciadas como tendo os propósitos de erradicação da fome, redução de desperdício de alimentos e de promoção da função social do alimento, contrariam o direito humano à alimentação adequada, as políticas de Segurança Alimentar e Nutricional vigentes no país e as concepções de alimentação adequada e saudável que as orienta.

Em oito de outubro de 2017, foi divulgada a sanção da Lei 16.704/2017 (PL 550/2016), que institui a Política Municipal de Erradicação da Fome e Promoção da Função Social dos Alimentos e também do programa “Alimento Para Todos”. Para este programa, segundo divulgado na imprensa e em outras mídias, foi estabelecida uma parceria entre a Prefeitura Municipal de São Paulo e a Plataforma Sinergia para a produção e distribuição de um produto à população em situação de fome e vulnerabilidade social, produzido a partir de produtos alimentícios próximos à data de vencimento ou fora do padrão de comercialização. A partir desse fato, tomamos conhecimento também de outros quatro projetos de lei com teor semelhante que se encontram em tramitação no País:

  • Assembleia Legislativa de São Paulo: PL 19/2017, autoria Deputada Célia Leão [Institui e estabelece diretrizes para a Política Estadual de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos no Estado de São Paulo – PFSA-SP]
  • Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro: PL 2388/2017, autoria Deputado Wagner Montes [institui e estabelece diretrizes para a Política Estadual de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos no Estado do Rio de Janeiro – PFSA-RJ, fundamentada em uma sociedade fraterna, justa e solidária]
  • Câmara Legislativa do Distrito Federal: PL 1465/2017, autoria Deputado Estadual Rodrigo Delmasso [institui e estabelece diretrizes para a Política Distrital de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos – PEFSA-DF]
  • Senado Federal: PLC 104/2017, autoria Deputado Arnaldo Jardim [Institui e estabelece diretrizes para a Política Nacional de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos (Pefsa), fundamentada em uma sociedade fraterna, justa e solidária]

A lei sancionada no município de São Paulo, o Programa e os projetos de lei acima mencionados têm em comum as seguintes características: contrariam o direito humano à alimentação adequada, as políticas de Segurança Alimentar e Nutricional vigentes no país e a concepção de alimentação adequada e saudável que as orienta.

Diante disso, apresentamos as seguintes considerações:

O Direito Humano à Alimentação Adequada é um direito constitucional e deve ser garantido a partir de duas dimensões: i) estar livre da fome e da desnutrição e ii) ter acesso a uma alimentação adequada e saudável que respeite a dignidade, os valores humanos e culturais e que não esteja sujeita aos interesses de mercado.

A alimentação adequada e saudável, segundo definição do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (2007), é “a realização de um direito humano básico, com a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais dos indivíduos, de acordo com o ciclo da vida e as necessidades alimentares especiais, pautada pelo referencial tradicional local. Deve atender aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer (sabor), às dimensões de gênero e etnia, e às formas de produção ambientalmente sustentáveis, livre de contaminantes físicos, químicos e biológicos e de organismos geneticamente modificados.” O Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2014,  que hoje orienta as políticas públicas de alimentação e nutrição e de Segurança Alimentar e Nutricional, apresenta definição muito semelhante a esta.

– Na lei sancionada no município de São Paulo e nos projetos de lei acima mencionados, é colocado que “Não cumprem sua função social os alimentos considerados pela legislação vigente como aptos para o consumo humano que não tiverem tal destinação e que poderiam tê-la caso fossem submetidos a beneficiamento ou processamento adequados”. E, ainda, “Para garantir o cumprimento de sua função social, o alimento considerado pela legislação vigente como apto para o consumo humano deve ser submetido a técnicas adequadas de beneficiamento ou de processamento”. Ou seja, segundo esses documentos, o processamento (mínimo ou ultraprocessamento industrial) é condição necessária para que os alimentos estejam cumprindo sua “função social”. Essa perspectiva contraria os preceitos do Guia Alimentar para a População Brasileira. Segundo o Guia, uma alimentação adequada e saudável é baseada no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.

– Na lei sancionada no município de São Paulo e nos projetos de lei acima mencionados, ainda há a seguinte definição: “erradicação da fome: o combate aos diferentes níveis de insegurança alimentar da população, segundo as categorias da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar – EBIA”. Vale dizer que a  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013, na qual foi utilizada a EBIA, apontou que, do total de domicílios, 3,2% foram classificados como Insegurança Alimentar Grave (IAG), ou seja, restrição alimentar na qual para pelo menos uma pessoa do domicílio foi reportada alguma experiência de fome no período investigado. Em 2004, a IAG era de 6,9% e as principais causas desta queda foram as políticas públicas de valorização do salário mínimo, de fortalecimento da agricultura familiar e de transferência condicionada de renda[1]. Ou seja, diferentemente de outras realidades agudas (por exemplo, guerras, catástrofes naturais), em que poderia caber uma estratégia de uso de produtos formulados, no Brasil, a fome é fruto de profundas injustiças e desigualdades sociais e sua superação pressupõe políticas públicas estruturantes.

– O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2016-2019, que concretiza as diretrizes da V Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, ocorrida em novembro de 2015, instância máxima do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, assume como desafio “Combater a insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio rural”. Ele  prevê “a construção e a execução de políticas diferenciadas e específicas, com base nos princípios do etnodesenvolvimento, que respeitem as culturas, as formas de organização social, as especificidades étnicas, raciais e as questões de gênero, é o caminho a ser perseguido. É preciso assegurar a continuidade e o aperfeiçoamento das políticas que ampliam as condições de acesso à alimentação dos que ainda se encontram mais vulneráveis à fome, de forma a também superar a desnutrição nestes grupos”.

– Referente aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Brasil assumiu compromissos referentes à Segurança Alimentar e Nutricional. O Objetivo 2 “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável” é composto por 5 metas assumidas pelo Brasil. Entre elas, estão o acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano, incentivos aos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores. Ou seja, também nessa iniciativa mundial com a qual o Brasil se comprometeu, o caminho apontado é o de estratégias estruturantes e não o de medidas que não enfrentam os determinantes da fome.
– Na lei sancionada no município de São Paulo e nos projetos de lei acima mencionados, a definição de segurança alimentar apresentada (“acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais”) suprime trechos da definição presente na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Lei 11.346/2006) – Art. 3º: “A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”. A supressão destes trechos mutila preceitos fundamentais deste conceito orientador das políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional e pode implicar a implementação de estratégias que contrariem o Direito Humano à Alimentação Adequada.

O conceito de função social tem sido usado no nosso ordenamento jurídico para limitar o exercício de direitos e bens, como, por exemplo, a propriedade, a fim de garantir que estes direitos e bens sejam usufruídos de acordo com todo nosso sistema jurídico e sem que haja violação de direitos de outras pessoas. O que os projetos de lei em questão fazem é facilitar o investimento de recursos públicos para evitar desperdício e prejuízo de empresários do ramo da alimentação, permitir renúncia fiscal e, de outro lado, promover a distribuição de produtos comestíveis, que não atendem ao que está determinado no nosso ordenamento jurídico como alimento adequado. Portanto, as leis que estão sendo aqui questionadas não promovem qualquer “função social” dos alimentos e estão em sentido contrário aos instrumentos e às normas internacionais, constitucionais, legais e administrativas que dispõem sobre alimentação como direito. Além disso, a dimensão da equidade deve ser primordialmente considerada nas políticas que se propõem a recomendar que a sociedade eticamente distribua os bens, neste caso, atribuir aos alimentos uma “função social”. O conceito de equidade se refere a prestar assistência aos indivíduos de acordo com suas necessidades, oferecendo mais a quem mais precisa, ou seja, reconhecer as diferenças nas condições de vida e saúde e nas necessidades das pessoas. Neste sentido, os indivíduos que seriam assistidos por essas políticas previstas nos projetos de lei aqui questionados já apresentam graves problemas em relação ao acesso a alimentos saudáveis e de qualidade. Portanto, à população em situação de fome e vulnerabilidade social deve-se garantir o direito humano à alimentação adequada e saudável, no intuito de reduzir as desigualdades. E, o que se entende por alimentação adequada e saudável, sabemos, de maneira alguma corresponde à distribuição de um produto produzido a partir de produtos alimentícios próximos à data de vencimento ou fora do padrão de comercialização.

É inegável que o desperdício de alimentos é um problema de grande magnitude no país e no mundo e ocorre em todas as etapas do sistema alimentar, não só no processamento dos alimentos. Programas que atuam no nível do consumo e que se mostram bem sucedidos, como os bancos de alimentos e os restaurantes populares, precisam ser fortalecidos e expandidos.

Diante do exposto, em nome da rede de pesquisadores, trabalhadores e representantes de associações civis que compõem a Aliança para Alimentação Adequada e Saudável, manifestamos nosso repúdio a essas iniciativas, uma vez que contrariam os marcos legais e as diretrizes que hoje orientam as políticas de Segurança Alimentar e Nutricional. Reiteramos nosso compromisso com o direito humano à alimentação adequada, com o conceito de alimentação adequada e saudável que hoje orienta as políticas públicas no Brasil, com as políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional vigentes no País, nelas incluído o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2016-2019.

[1] FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). O estado da segurança alimentar e nutricional no Brasil. 2015. Disponível em: www.fao.org.br/download/SOFI_p.pdf

Epi2017 vetou refrigerantes, frituras e alimentos ultraprocessados

22/10/2017 13:58

A preocupação da comissão organizadora para que os participantes tivessem acesso à alimentação saudável e de qualidade resultou em acordos com os estabelecimentos no local do evento: entre os dias 8 e 11 de outubro foi vetada a venda de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, frituras e alimentos ultraprocessados. Além disso, o cardápio do restaurante era balanceado, com abundância de frutas e verduras. Marcela Veiros, professora do departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e membro da comissão organizadora, explica para a TV Abrasco:

 

Nota do Consea sobre o projeto “Alimento para todos”

22/10/2017 13:05

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão consultivo e de assessoramento da Presidência da República, tem recebido consultas nos últimos dias sobre o chamado Projeto “Alimento para Todos”, lançado em 8 de outubro do corrente ano pela Prefeitura de São Paulo e a Plataforma Sinergia, conforme notícias veiculadas nos meios de comunicação.

Pelas informações disponíveis, o Poder Público Municipal pretende distribuir a grupos sociais em situação de vulnerabilidade um produto alimentar processado a partir de alimentos em vias de perda de validade de consumo e/ou fora de padrões de comercialização, resultando em um granulado com composição ainda não divulgada.

A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006), regida pelo princípio do Direito Humano à Alimentação Adequada, explicita que todas e todos devem estar livres da fome por meio de uma alimentação adequada. A dignidade e respeito aos valores humanos e culturais são condições inegociáveis em qualquer ação desta natureza.

Somando-se a isto o Guia Alimentar, publicação oficial do Ministério da Saúde com as diretrizes sobre alimentação saudável, enfatiza que a dimensão cultural e social da alimentação é fundamental para o exercício e expressão da cidadania de todas e todos e recomenda que os alimentos in natura ou minimamente processados sejam a base da alimentação de brasileiros e brasileiras.

O Consea defende as linhas e diretrizes do Guia Alimentar, bem como o conceito de “comida de verdade”, construído com ampla participação social e consolidado na 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, encontro que teve a participação de 2 mil pessoas em Brasília, em novembro de 2015.

Na 5ª Conferência, os delegados e as delegadas participantes aprovaram um “Manifesto à Sociedade Brasileira” sobre aquilo que avaliam como “Comida de Verdade”. Segundo o documento, “a comida de verdade é saudável, garante o direito à alimentação de qualidade, promove hábitos alimentares saudáveis e não está sujeita a interesses de mercado” (clique aqui para o Manifesto).

Assim sendo, considerando esses aspectos e tendo em vista a urgência que o assunto requer, o Consea solicitou à Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo  da Prefeitura de São Paulo, responsável pela Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, e ao Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional informações, documentos oficiais e técnicos sobre este Programa, de maneira a exercer sua função legítima e institucional de controle social e monitoramento das políticas públicas, e convoca a todas e todos a analisarem o atendimento aos princípios da dignidade humana e realização do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e da Segurança Alimentar e Nutricional nesta ação.

Brasília (DF), 13 de outubro de 2017

Vídeos dos vencedores do concurso Imagine-PanGea traduzidos para nove idiomas

11/10/2017 17:47

Os vídeos vencedores do primeiro concurso de divulgação científica multilinguístico do mundo, o Imagine-PanGea, estão disponíveis no YouTube do Projeto Imagine em nove idiomas: português, inglês, espanhol, francês, italiano, grego, árabe, changana (idioma nativo de Moçambique, África do Sul e outros países africanos), e guarani (idioma indígena do Brasil).

Graças ao esforço de voluntários, tradutores e editores de vídeo, os quatro vídeos que foram premiados com os três primeiros lugares gerais e mais o campeão da África podem ser vistos com o áudio original (há vídeos em português, espanhol e francês) e com legendas nos nove idiomas listados. Dentre os vencedores, dois são vinculados à UFSC: Greyce Bernardo, da Nutrição e Ricardo Gutiérrez da Geografia.Traduzir pode ser mais complicado do que parece, ainda mais para idiomas tradicionais pouco influenciados pelo vocabulário acadêmico. Foi o caso do Guarani, que ficou a cargo de Joana Mongelo, a primeira Mestre Guarani do sul do Brasil, formada em Educação pela UFSC. Ela conta que vários termos usados nos vídeos não existem em sua língua materna e por isso acabaram tendo que ser mantidos em português. As traduções para o Changana ficaram a cargo de Ezra Chambal, doutoranda em Linguística na UFSC e Docente na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique. A notícia do lançamento das legendas em idioma africano foi vista por mais de três mil pessoas e recebeu mais de duzentas curtidas, principalmente em Moçambique. Já as legendas em árabe fizeram muito sucesso no Marrocos e na Argélia.

O objetivo do concurso Imagine-PanGea foi democratizar o conhecimento e despertar o gosto pela ciência em pessoas que teriam pouco ou nenhum acesso ao universo científico, com foco em públicos da América Latina, Caribe e África. Os concorrentes eram estudantes de Mestrado ou Doutorado matriculados em alguma instituição de ensino destas três regiões. Os interessados enviaram um vídeo de três minutos, explicando seu tema de pesquisa de forma que pessoas simples e de qualquer lugar compreendessem. O concurso foi uma realização do Projeto Imagine, em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a RedPOP e o African Gong, e os vencedores podem ser acessados neste link.

As traduções continuam sendo feitas, para mais idiomas, como por exemplo o alemão, o iorubá (falado na Nigéria e com forte influência no português falado no Brasil), o umbundo e o kimbundo (falados em Angola). Novos voluntários para novos idiomas são muito bem vindos. A primeira edição do concurso aconteceu sem patrocínio, só com base no voluntariado. Para o ano que vem, os organizadores esperam encontrar entidades públicas ou privadas interessadas em financiar a iniciativa.

Os demais tradutores são: Ana Ramos Hrybe, Mauro Ramirez, Ingrid Wolin (espanhol), Rafaella Dantas (francês), Fernanda Matos (inglês), Fouad Amraoui (árabe), Dimitrios Karkagkelis e Anderson Bosio (grego), Lucia Ruocco (italiano) e Guilherme Carqueja (alemão).

Publicação do material de rotulagem nutricional no Portal da Anvisa

11/10/2017 17:42

Rotulagem de alimentos: qual é a proposta

Rótulos devem ganhar novo modelo para tornar a vida do consumidor mais fácil.

O trabalho técnico da Anvisa para melhorar o rótulo dos alimentos deve ser transformado em uma proposta de padronização ainda este ano. O objetivo é facilitar o entendimento dos consumidores sobre as informações nutricionais nas embalagens de alimentos.

No último mês de agosto, a Anvisa realizou uma reunião com os membros do Grupo de Trabalho que discute o tema e que apresentaram propostas para melhorar a rotulagem. Os modelos de rotulagem frontal, que viriam na frente da embalagem, são adaptações dos padrões utilizados no Reino Unido e no Chile, principalmente. No Reino Unido é utilizado um sistema de semáforo nutricional, enquanto o Chile adota o modelo de advertências. Porém há ainda outros modelos que podem ser usados no Brasil.

Um dos desafios do trabalho é avaliar o que funciona melhor na hora em que o consumidor olha para a embalagem e precisa decidir o que levar para casa. Atualmente, não há estudos científicos publicados que comparem a efetividade dos modelos neste aspecto da compreensão e promoção das escolhas alimentares mais adequadas para a população brasileira.

Transparência

Como está o processo

Os documentos que tratam da revisão da rotulagem estão sendo publicados para que os interessados no tema possam acompanhar o processo, antes mesmo da abertura da Iniciativa Regulatório e da Consulta Pública que acontecerão em breve.

Conheça o material

Resultados das atividades desenvolvidas e próximas ações – Este documento traz um detalhamento do que já foi feito, as propostas existentes até o momento e as próximas etapas.

Relatório Completo do Grupo de Trabalho sobre Rotulagem Nutricional – Traz o detalhamento completo das atividades feitas pelo GT de Rotulagem.

Consulte o processo completo – Processo de tramitação do tema na Anvisa.

Quer saber as notícias da Anvisa em primeira mão? Siga-nos no Twitter @anvisa_oficial e Facebook @AnvisaOficial

Tese do PPGN-UFSC no âmbito do NUPPRE ganha menção honrosa no Prêmio Capes de Teses 2017

11/10/2017 17:39

Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Coordenação dos Órgãos Colegiados

 

Brasília, 10 de outubro de 2017.

É com grande honra e satisfação que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) outorga a VANESSA MELLO RODRIGUES, Menção Honrosa do Prêmio Capes de Tese 2016 da área de NUTRIÇÃO pela tese “INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR EM RÓTULOS DE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS DIRECIONADOS A CRIANÇAS”, defendida no ano de 2016, sob a orientação de GIOVANNA MEDEIROS RATAICHESCK FIATES, do Programa de Pós-Graduação em NUTRIÇÃO da UFSC.

Sua contribuição certamente será de extrema valia para o desenvolvimento e aprimoramento da área, bem como para o avanço da pós-graduação e do conhecimento científico de qualidade no Brasil.

O resultado foi publicado no Diário Oficial da União de 10 de outubro de 2017, seção 1, páginas 9 a 14, Portaria n° 199, de 06 de outubro de 2017, disponível no link http://capes.gov.br/CECOL/PortariaOutorgaPCT2017.pdf. A Menção Honrosa constitui-se de certificado, conforme especificado no Edital nº 18/2017, publicado no DOU de 17/05/2017.

O evento de entrega dos prêmios acontecerá em Brasília, no dia 07 de dezembro de 2017, no Centro Internacional de Convenções do Brasil – CICB, às 17 horas. Durante o evento, os outorgados com menção honrosa serão destacados.

 

CGAN participa das comemorações dos 80 anos do INCA

09/10/2017 11:12

Na oportunidade das comemorações dos 80 anos do INCA, a Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição participou da programação no dia 28 de outubro com mesas voltadas às discussões sobre alimentação e câncer, aspectos da promoção da saúde e das práticas corporais pertinentes à gestão pública e o papel do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária na promoção da alimentação saudável. (…)

Para saber mais sobre o assunto e acessar as demais notícias relacionadas à agenda de alimentação e nutrição no SUS:

– Baixe a Segundeira da CGAN desta semana no link: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-download_file.php?fileId=1749; ou

– Acesse o Blog da CGAN da RedeNutri (http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-view_articles.php).

Nesta edição:

  • CGAN participa das comemorações dos 80 anos do INCA
  • Participação do MS nas discussões do Grupo Multidisciplinar para Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar
  • PSE e Inep disponibilizam questionário sobre quantidade de casos de gravidez na adolescência junto à retificação do Censo Escolar 2017
  • Epidemia da obesidade e ações regulatórias em alimentação e nutrição no Congresso de Epidemiologia
  • Inscrições abertas para o curso Amamenta e Alimenta Brasil
  • Experimenta! – Comida, saúde e cultura
  • Espaço dos estados
  • De olho na evidência
  • Implementando o Guia Alimentar para a População Brasileira
  • Monitoramento Semanal de Programas Estratégicos da CGAN
  • Saiu na mídia

A Segundeira da CGAN é o informativo semanal da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, na qual são apresentadas as principais notícias da semana, agendas previstas da Coordenação, além de trazer atualizações sobre evidências científicas, textos de apoio para a implementação das recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira e atividades realizadas nos municípios e estados relacionados à agenda de alimentação e nutrição no SUS e monitoramento de alguns programas.

Relatório OXFAM – A distância que nos une

05/10/2017 12:05

A Oxfam Brasil lança seu relatório “A distância que nos une: um retrato das desigualdades brasileiras.” com o objetivo de alimentar um necessário e urgente debate público sobre a redução das distâncias dentro da sociedade brasileira, em direção a um país mais justo e solidário.

Precisamos falar sobre desigualdades. No mundo, oito pessoas detêm o mesmo patrimônio que a metade mais pobre da população. Ao mesmo tempo, mais de 700 milhões de pessoas vivem com menos de US$ 1,90 por dia. No Brasil, a situação é pior: apenas seis pessoas possuem riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões de brasileiros mais pobres. E mais: os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95%. Por aqui, uma trabalhadora que ganha um salário mínimo por mês levará 19 anos para receber o equivalente aos rendimentos de um super-rico em um único mês.

É nesse cenário de desigualdades extremas que a Oxfam Brasil lança seu relatório “A distância que nos une”. Buscamos, com ele, alimentar um necessário e urgente debate público sobre a redução das distâncias dentro da sociedade brasileira, em direção a um País mais justo e solidário. Tal debate é especialmente urgente nos tempos atuais. Não somente pelos níveis extremos de desigualdades que são eticamente inaceitáveis e nos transformam em uma sociedade onde uma parte da população passa a valer mais que outra, mas também pelos recentes
e preocupantes retrocessos em direitos, nunca vistos desde a reabertura democrática no Brasil.

A desigualdade e a pobreza não são inevitáveis. São, antes de mais nada, produtos de escolhas políticas injustas que refletem a desigual distribuição de poder nas sociedades. Mudar essa realidade requer novas escolhas políticas, reiteradas ao longo do tempo, e sustentadas por uma sociedade com igual acesso à democracia

Contato OXFAM Brasil: contato@oxfam.org.br.

Continue a leitura clicando na imagem:

Campanha contra as desigualdades. Site OXFAM Brasil.

VITÓRIA DOS NUTRICIONISTAS NO STF

02/10/2017 09:30

O Supremo Tribunal Federal (STF) acaba julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 803, cujo objetivo era declarar a inconstitucionalidade da expressão “privativas”, contida no caput do artigo 3º da Lei nº 8.234/991, que regulamenta a profissão de nutricionista. A Asbran acompanhou o julgamento, representada por sua diretora Zaíra Salerno, juntamente com várias lideranças da categoria: Sindicato de GO – Eva Camila Vieira Dorneles; FNN – Fátima Fuhro; Assessoria jurídica da FNN – Dr. João Paulo Souza e Dra. Manoela Martins; Crn-8 – Dr. Paulo Marcelo Seixas; CFN – nutricionistas Albaneide Peixinho, Rosane Nascimento, Rosângela Carvalho e o advogado Dr. Leandro Coelho; CRN-5 – Dr. Fabio Silva Freire; CRN-1 – Dr. Mateus Machado.

Assim, permanecem como privativas dos nutricionistas as atividades de direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação em nutrição; planejamento, organização, direção, supervisão e avaliação de serviços de alimentação e nutrição; planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de estudos dietéticos; ensino das matérias profissionais dos cursos de graduação em nutrição; ensino das disciplinas de nutrição e alimentação nos cursos de graduação da área de saúde e outras afins; auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética; assistência e educação nutricional e coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas e privadas e em consultório de nutrição e dietética; assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e a nível de consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando, analisando, supervisionando e avaliando dietas para enfermos

Informativo da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição/Min Saúde

28/09/2017 14:34

Notícia de Capa: Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição realiza oficina para discussão de metas de redução de açúcar em bebidas adoçadas

A Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/MS) organizou reunião com o setor produtivo com o objetivo de conhecer os desafios tecnológicos, discutir metodologias de análises e discutir metas de redução de açúcar em bebidas adoçadas. (…)

Para saber mais sobre o assunto e acessar as demais notícias relacionadas à agenda de alimentação e nutrição no SUS:

– Baixe a Segundeira da CGAN desta semana no link: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-download_file.php?fileId=1746; ou

– Acesse o Blog da CGAN da RedeNutri (http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-view_articles.php).

Nesta edição:

  • Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição realiza oficina para discussão de metas de redução de açúcar em bebidas adoçadas
  • Guia Alimentar da População Brasileira é tema de roda de conversa
  • ONU: após uma década de queda, fome volta a crescer no mundo
  • Disponível o tutorial do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) no Ambiente UNIVERSUS
  • TelessaúdeRS-UFRGS lança novo curso EAD de Nutrição APS
  • Espaço dos estados
  • De olho na evidência
  • Implementando o Guia Alimentar para a População Brasileira
  • Monitoramento Semanal de Programas Estratégicos da CGAN
  • Saiu na mídia

A Segundeira da CGAN é o informativo semanal da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, na qual são apresentadas as principais notícias da semana, agendas previstas da Coordenação, além de trazer atualizações sobre evidências científicas, textos de apoio para a implementação das recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira e atividades realizadas nos municípios e estados relacionados à agenda de alimentação e nutrição no SUS e monitoramento de alguns programas.

 

Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição

Departamento de Atenção Básica

Secretaria de Atenção à Saúde

Ministério da Saúde

Portal do Departamento de Atenção Básica: http://dab.saude.gov.br/portaldab/

Comunidade de Práticas: https://www.facebook.com/comunidadedepraticas

RedeNutri: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-view_articles.php

Galhos e raízes da árvore da ciência

28/09/2017 14:32

Em 2017, cerca de 4,5 milhões de pessoas, como estudantes, professores e pesquisadores com currículos registrados na Plataforma Lattes, poderão identificar por meio de uma busca na internet as árvores genealógicas acadêmicas às quais pertencem, reconstituindo laços entre orientadores e seus pupilos construídos nos últimos 75 anos. Uma versão piloto de um sistema web está sendo criada por pesquisadores das universidades Federal do ABC (UFABC) e de São Paulo (USP), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além do Lattes, o sistema será abastecido por outras duas fontes: o banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com mais de 600 mil documentos, e uma lista de membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC). “Estamos fazendo o cruzamento de dados de pesquisadores para complementar informações e evitar possíveis registros duplicados”, explica Jesús Pascual Mena-Chalco, professor do Centro de Matemática, Computação e Cognição da UFABC e coordenador do projeto.

A genealogia acadêmica organiza os vínculos entre gerações de pesquisadores. O orientador é considerado o “pai” dos mestres e doutores que ajudou a formar. Esses, por sua vez, poderão gerar “netos” acadêmicos e assim por diante. A abordagem ganhou expressão com o lançamento de plataformas internacionais disponíveis na internet, como o Mathematics Genealogy Project e o Neurotree Project, que permitem mapear ancestrais acadêmicos em matemática e neurociência. O projeto brasileiro tem a ambição de ser mais amplo e abranger pesquisadores do país em todas as áreas do conhecimento. Segundo Mena-Chalco, isso é possível graças à Plataforma Lattes, que se tornou fonte de informações para pesquisadores que buscam dados sobre a ciência brasileira a fim de estudar seus fenômenos e tendências (ver Pesquisa FAPESP nº 233). “O Brasil é o único país com uma plataforma que registra as atividades de toda a sua comunidade científica”, diz.

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Público do Congresso de Agroecologia 2017 prestigia tenda Alimentação Saudável

28/09/2017 14:30

Quem passou pela tenda Alimentação Saudável, organizada Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e parceiros, durante o X Congresso Brasileiro de Agroecologia, aprendeu mais sobre hortas orgânicas, sucos funcionais e a importância da agricultura familiar e da sociobiodiversidade, entre outros temas. Por dia, mais de 300 pessoas circularam no espaço.

A colombiana Linda Nataly Vasquez, 29 anos, está no Brasil há um ano e meio. Ela é agrônoma e faz mestrado em recursos genéticos na Universidade Federal de Santa Catarina. Viu no congresso a oportunidade de saber mais sobre os recursos naturais brasileiros para inclui-los nos seus estudos. Na tenda Alimentação Saudável, o tema cultura alimentar da Amazônia foi o que mais a surpreendeu.

“Fiquei muito feliz de encontrar um espaço que discute esse assunto. Achei as discussões sobre alimentação saudável muito ricas, principalmente sobre a cultura alimentar da Amazônia. Na oficina do Slow Food, aprendi mais sobre o que é um comércio justo e agrobiodiversidade”.

A agricultora familiar Ana Policena Rosa, 41 anos, gostou de aprender novas receitas com jaca. Ela é acampada do Movimento Sem Terra em Planaltina, a 38 quilômetros de Brasília. Planta hortaliças, abóboras, maxixe e maracujá. “O que mais gostei foi a conversa sobre Comer Pra Quê? Vi muita gente que está tentando mudar de vida e comer melhor. Eu também quero fazer isso. Também gostei da conversa sobre a biodiversidade, respeitar a natureza e o tempo certo de colher. As pessoas demoraram para acordar para esse assunto”.

A coordenadora-geral de Monitoramento das Ações de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Carmem Priscila Bocchi, destacou que o objetivo da tenda foi mostrar o que é a alimentação saudável, um tema que ainda gera muito debate.

“Percebemos que muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é de fato a alimentação saudável. No espaço, conseguimos mostrar, com o apoio dos nossos parceiros, a experiência das comunidades de agricultores, o que é cultura alimentar e como aproveitar melhor os alimentos, por exemplo”.

A tenda Alimentação Saudável foi organizada pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), coordenada pelo MDS. No espaço, foram promovidos painéis, oficinas, rodas de conversa em parceria com Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Saúde, Consea, Emater-DF, Slow Food Brasil, CSA Brasília, Fiocruz, UnB e Idec.

Fonte: Boletim Caisan

CARTA AGROECOLÓGICA DO CERRADO – Congresso Brasileiro de Agroecologia

28/09/2017 14:24

CARTA AGROECOLÓGICA DO CERRADO

Em Brasília – DF, inspirados no tema: “Agroecologia na Transformação dos Sistemas Agroalimentares na América Latina: Memórias, Saberes e Caminhos para o Bem
Viver”, nos dias 12 a 15 de setembro de 2017, durante o VI Congresso Latino-Americano de Agroecologia, o X Congresso Brasileiro de Agroecologia e o V Seminário do Distrito Federal e entorno, semeamos a CARTA AGROECOLÓGICA DO CERRADO. Esta carta sintetiza nossas discussões e expressões de RESISTÊNCIA e LUTA no campo agroecológico e serve de alerta à sociedade para as graves ameaças que hoje comprometem a garantia da soberania e segurança alimentar e os demais direitos da humanidade, dos demais seres vivos e os bens-comuns, incluindo a terra, a água e a biodiversidade, e que, portanto, comprometem o bem-viver. Nesse bonito processo, conseguimos reunir mais de 5 mil pessoas, expressando a diversidade de nossas identidades e saberes através da participação ativa e criativa de 25 países e de todos os estados brasileiros, incluindo pesquisadoras e pesquisadores; estudantes; educadoras e educadores; técnicas e técnicos extensionistas, camponesas e camponeses, agricultoras e agricultores familiares, povos indígenas; quilombolas; povos e comunidades tradicionais; artistas populares; gestores públicos e outras identidades da sociedade civil ligada ao tema da agroecologia e a luta e construção do Bem viver. Esse congresso expressou a riqueza da agroecologia também no campo metodológico. Um rico cardápio de metodologias participativas foi utilizado.

Para continuar a leitura clique: Carta Politica do Cerrado ABA agroecologia-1 (1)

Como a Grande Indústria Viciou o Brasil em Junk Food

28/09/2017 14:18

À medida que o crescimento diminui nos países ricos, as empresas de alimentos ocidentais se expandem acintosamente nos países em desenvolvimento, contribuindo para obesidade e problemas de saúde.

 

Gritos de crianças soavam na manhã quente e úmida, enquanto uma mulher empurrava um carrinho branco e reluzente pelas ruas esburacadas e repletas de lixo espalhado. Ela fazia entregas em algumas das casas mais pobres desta cidade litorânea, levando sobremesas lácteas, biscoitos e outros alimentos industrializados aos clientes situados em seu trajeto.

Celene da Silva, 29, é uma de milhares de revendedoras porta a porta da Nestlé que ajudam o maior conglomerado de alimentos industrializados do mundo a expandir seu alcance para 250 mil casas nos recantos mais longínquos do país.

Enquanto entregava várias embalagens da sobremesa láctea Chandelle, de Kit-Kats e do cereal infantil Mucilon, algo chamava a atenção sobre seus clientes: muitos estavam visivelmente acima do peso, incluindo as crianças pequenas.

Ela apontou para uma casa e sacudiu a cabeça ao lembrar o modo como o chefe da família, um homem com obesidade grave, morreu na semana anterior: “ele comeu um pedaço de bolo e morreu enquanto dormia”, recordou.

Da Silva, ela mesma com quase 100 quilos, descobriu recentemente que tem hipertensão, um problema que reconhece estar relacionado ao seu fraco por frango frito e pela Coca-Cola que toma em todas as refeições, incluindo o café da manhã.

O exército de vendas diretas da Nestlé faz parte de uma mudança mais ampla na estratégia das indústrias alimentícias, que inclui a entrega de junk food e bebidas açucaradas consumidas no Ocidente até os rincões mais isolados da América Latina, África e Ásia. Enquanto suas vendas caem nos países mais ricos, as multinacionais do gênero alimentício, como Nestlé, PepsiCo e General Mills, aumentam sua presença de forma acintosa nos países em desenvolvimento, comercializando seus produtos tão ostensivamente que chegam a transtornar os hábitos alimentares tradicionais do Brasil, Gana e Índia.

O New York Times analisou os registros de empresas, estudos epidemiológicos e relatórios governamentais, assim como realizou entrevistas com vários nutricionistas e especialistas em saúde do mundo todo que revelam uma mudança radical na maneira como os alimentos são produzidos, distribuídos e anunciados em grande parte do mundo. Isso, segundo especialistas em saúde pública, está contribuindo para uma nova epidemia de diabetes e problemas cardíacos; doenças crônicas associadas às elevadas taxas de obesidade de regiões que há apenas uma década lutavam para combater a fome e a desnutrição.

A nova realidade pode ser compreendida com um único e incontestável fato: no mundo todo, o número de obesos superou o de indivíduos com baixo peso. Simultaneamente, a disponibilidade crescente de alimentos altamente calóricos e pobres em nutrientes está gerando um novo tipo de desnutrição, caracterizada por um número cada vez maior de pessoas com sobrepeso que, ao mesmo tempo, tem uma nutrição precária.

“A história vigente é que este é o melhor dos mundos possíveis: alimentos baratos e amplamente disponíveis. Se você não analisa a questão a fundo, faz sentido”, afirmou Anthony Winson, que estuda política econômica de nutrição na Universidade de Guelph, em Ontário. Um olhar mais cuidadoso, entretanto, revela uma história muito diferente, conclui. “Para deixar claro: a forma como estamos nos alimentando está nos matando”.

Até mesmo alguns críticos dos alimentos processados reconhecem que há vários fatores relacionados ao aumento da obesidade, incluindo genética, urbanização, renda crescente e aumento do sedentarismo. Os executivos da Nestlé afirmam que seus produtos ajudaram a diminuir a fome e a fornecer nutrientes essenciais, e que a empresa diminuiu a quantidade de sal, gordura e açúcar de milhares de itens para torná-los mais saudáveis. Porém, Sean Westcott, chefe de pesquisa e desenvolvimento de alimentos da Nestlé, admitiu que a obesidade foi um efeito colateral inesperado surgido depois que alimentos processados de baixo custo se tornaram mais acessíveis.

“Não sabíamos qual seria o impacto”, disse ele.

Parte do problema, acrescentou, é a tendência natural que as pessoas têm de comer demais quando podem comprar mais alimentos. A Nestlé, afirmou ele, se esforça para educar os consumidores quanto ao tamanho adequado das porções e para produzir e comercializar alimentos que equilibrem “prazer e nutrição”.

 Hoje há mais de 700 milhões de pessoas obesas no mundo, sendo 108 milhões crianças, de acordo com uma pesquisa publicada recentemente no New England Journal of Medicine. A prevalência da obesidade dobrou em 73 países desde 1980, contribuindo para 4 milhões de mortes prematuras, segundo o estudo.

O problema se refere tanto à economia quanto à nutrição. À medida que as multinacionais avançam nos países em desenvolvimento, elas alteram a agricultura local, estimulando agricultores a trocar as culturas de subsistência por commodities mais rentáveis, como cana-de-açúcar, milho e soja: a base de muitos produtos alimentícios industrializados.

É um ecossistema econômico que atrai lojas familiares, grandes varejistas, fabricantes e distribuidores de alimentos e pequenos vendedores como da Silva.

Em lugares tão distantes como a China, África do Sul e Colômbia, o crescente poder das grandes empresas de alimentos também se traduz em influência política, o que impede que autoridades em saúde pública consigam taxar refrigerantes ou criar leis destinadas a restringir os impactos dos alimentos processados na saúde.

Para um número crescente de nutricionistas, a epidemia da obesidade está intrinsecamente ligada às vendas de alimentos industrializados, que cresceram 25% no mundo todo de 2011 a 2016, em comparação com 10% nos Estados Unidos, de acordo com a Euromonitor, uma empresa de pesquisa de mercado. Uma mudança ainda mais drástica ocorreu em relação aos refrigerantes carbonatados: as vendas na América Latina dobraram desde 2000, ultrapassando o consumo na América do Norte em 2013, segundo a Organização Mundial da Saúde.

A mesma tendência se reflete no mercado de fast food, que obteve um crescimento mundial de 30% no mundo de 2011 a 2016, comparado com 21% nos Estados Unidos, de acordo com a Euromonitor. A Domino’s Pizza, por exemplo, abriu, em 2016, 1.216 lojas – uma “a cada sete horas”, segundo seu relatório anual – todas, com exceção de 171, fora dos Estados Unidos.

 “Em uma época em que o crescimento ocorre de forma mais moderada nas economias estabelecidas, acredito que a postura mais enérgica no mercado emergente irá prevalecer”, afirmou recentemente o diretor-executivo da Nestlé a investidores. Os mercados em desenvolvimento hoje são responsáveis por 42% das vendas da empresa.

Para algumas empresas do ramo, isso significa mirar especificamente no público jovem, como Ahmet Bozer, presidente da Coca-Cola, descreveu a investidores em 2014. “Metade da população mundial não tomou uma Coca nos últimos 30 dias”, disse. “Há 600 milhões de adolescentes que não tomaram uma Coca na última semana. Então temos uma enorme oportunidade”.

Aqueles que defendem a indústria afirmam que os alimentos processados são essenciais para alimentar um mundo cada vez maior e mais urbanizado de pessoas, muitas delas com renda crescente e que demandam praticidade.

“Não vamos acabar com todas as fábricas e voltar a cultivar apenas grãos. Isso não faz sentido. Não vai dar certo”, disse Mike Gibney, professor emérito de alimentação e saúde na University College Dublin e consultor da Nestlé. “Se eu pedisse para 100 famílias brasileiras que parem de consumir alimentos processados, teria que me perguntar: o que elas comerão? Quem as alimentará? Quanto isso vai custar?”

De muitas formas, o Brasil é um microcosmo de como rendimentos crescentes e políticas governamentais fizeram com que a população vivesse mais tempo e com mais qualidade e também serviram para erradicar amplamente a fome. Mas, agora o Brasil enfrenta um novo e difícil desafio de nutrição: na última década, a taxa de obesidade do país quase dobrou para 20%, e a parcela de pessoas com sobrepeso praticamente triplicou, indo para 58%. A cada ano, 300 mil pessoas são diagnosticadas com diabetes tipo II, uma doença relacionada à obesidade.

Também chama a atenção, no Brasil, a habilidade política da indústria. Em 2010, uma coalizão de empresas de alimentos e bebidas brasileiras destruiu uma série de medidas que buscavam limitar anúncios de junk food destinados a crianças. A última ameaça veio do presidente Michel Temer, um político de centro favorável ao setor empresarial cujos aliados conservadores do Congresso estão procurando impedir essa série de regulações e leis cuja intenção é estimular uma alimentação mais saudável.

“O que temos é uma guerra entre dois regimes alimentares, uma dieta tradicional com alimentos de verdade, produzidos por agricultores locais, e os produtores de alimentos ultraprocessados, feitos para serem consumidos em excesso e que, em alguns casos, viciam”, explicou Carlos A. Monteiro, professor de nutrição e saúde pública na Universidade de São Paulo.

“É uma guerra”, afirmou, “mas um dos regimes alimentares tem um poder desproporcionalmente maior ao do outro”.

Entrega de porta em porta

Da Silva chega aos consumidores das favelas de Fortaleza, muitos dos quais não têm acesso imediato a supermercados. Ela defende o produto que vende, exaltando as informações nutricionais dos rótulos que se vangloriam de acrescentar vitaminas e minerais aos produtos.

“Todo mundo aqui sabe que os produtos da Nestlé são bons”, assegurou ao apontar para latas de Mucilon, um mingau para bebês cujo rótulo diz: “contém cálcio e niacina”, e também para as de Nescau 2.0, um achocolatado em pó altamente açucarado.

Ela tornou-se vendedora da Nestlé dois anos atrás, quando sua família de cinco pessoas lutava para sobreviver. Embora o marido ainda esteja desempregado, a situação está melhorando. Com os cerca de 570 reais por mês que ganha com a venda dos produtos Nestlé, conseguiu comprar uma geladeira nova, uma televisão e um fogão a gás para a casa de três quartos da família, que fica à beira de um manguezal fétido.

Indústria omite presença de transgênicos em carnes e derivados

18/09/2017 14:09

Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina encontrou soja e milho em metade dos produtos analisados. Contrariando a lei, nenhum deles indicava presença de componentes geneticamente modificados.

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Metade das carnes e derivados contém em sua composição ingredientes transgênicos e o consumidor nem desconfia. É o que sugere uma pesquisa do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgada durante o Agroecologia 2017 – 6º Congresso Latino-Americano de Agroecologia, 10º Congresso Brasileiro de Agroecologia e 5º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno.

Dos 496 produtos analisados, 49,2% continham pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho.  A maior concentração foi encontrada nos subgrupos de peito de peru e patês. A proteína de soja, detectado em 217 alimentos do grupo (43,7%), foi o ingrediente mais usado.  (43,7%), seguido do amido de milho, que estava em 27 itens (5,4%).

Do total, 209 alimentos continham ingredientes derivados de soja, 18 deles continham derivados de milho e outros 21, derivados de ambos.

Os ingredientes derivados de milho e soja identificados na tabela dos rótulos destes alimentos são a proteína de soja, o amido de milho, lecitina de soja, óleo de milho, farinha de soja, farinha de milho, óleo de soja, xarope de milho, molho de soja e dextrose de milho.Suzi 1.jpg

As lavouras brasileiras de soja e milho são, em sua maioria, geneticamente modificadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os organismos geneticamente modificados (OGM) estão cada vez mais presentes na alimentação da população mundial, seja como alimento ou como ingrediente de alimentos industrializados.

O Brasil é o segundo país que mais planta transgênicos no mundo e desde 2003 têm aprovado para cultivo e consumo soja, milho, algodão e, mais recentemente, um feijão transgênico, que ainda não está disponível para consumo. Atualmente, 94% da soja, 85% do milho e 73% do algodão cultivados no Brasil são transgênicos.

“Tais cultivos dão origem a subprodutos que são utilizados pela indústria alimentícia como constituintes de muitos alimentos.  Considerando a crescente produção de alimentos transgênicos no Brasil, presume-se uma grande possibilidade de que os ingredientes derivados de milho e soja, presentes nesses produtos, também sejam transgênicos”, afirmou a professora da UFSC e líder da pesquisa, Suzi Barletto Cavalli.

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94% da soja e 85% do milho cultivados no Brasil são transgênicos

Mais agrotóxicos

Essa notícia é ruim porque plantas transgênicas recebem muito mais agrotóxicos durante seu cultivo. Sem contar outros riscos à saúde e ao meio ambiente que sequer foram dimensionados.

No Brasil, o Decreto no 4.680/2003 estabelece que todos os alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou sejam produzidos a partir de transgênicos, com presença acima de 1% do produto, devem ser rotulados.

Contudo, estudos brasileiros revelaram a presença destes ingredientes em alimentos com quantidade superior a 1% sem, no entanto, informar a presença destes componentes no rótulo, apesar da legislação de rotulagem.

Para chegar a essas conclusões, as pesquisadoras Rayza Dal Molin Cortese, Suellen Secchi Martinelli, Rafaela Karen Fabri e Rossana Pacheco Proença, do Núcleo de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE/UFSC), analisaram os rótulos das embalagens de carnes e preparações à base de carnes comercializados em um grande supermercado do Brasil pertencente a uma das dez maiores redes brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Foram registradas informações como denominação, nome comercial, marca, fabricante e país de origem. Todos os rótulos foram fotografados para posterior identificação, transcrição e análise da lista de ingredientes e a presença do símbolo “T” referente à identificação de transgênicos na rotulagem. As carnes foram classificadas em subgrupos e analisadas por meio de um software específico.

Origem

Foram considerados subprodutos de soja e milho aqueles ingredientes que continham a determinação da origem, como óleo de milho, proteína de soja. Ingredientes como óleo vegetal ou amido não foram considerados, se não contivessem essa especificação. Também foi analisada a frequência dos ingredientes, com o intuito de verificar quais ingredientes derivados de soja e/ou milho estavam entre os mais frequentes nos alimentos analisados.

Do total de carnes e preparações à base de carnes analisadas, 49,2% traziam em sua composição pelo menos um ingrediente derivado de soja ou milho, sendo que a maioria dos subgrupos apresentava mais da metade dos alimentos com esses componentes.

Em apenas dois subgrupos (caviar e charque) não havia nenhum alimento contendo ingredientes derivados de soja e/ou milho. Os subgrupos que continham mais alimentos com ingredientes passíveis de serem transgênicos foram os subgrupos 13 – peito de peru; 14 – patês; 11 – preparações de carnes com farinhas ou empanadas e 1 – almôndegas a base de carnes.

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Os achados são semelhantes aos de estudos internacionais e nacionais, que demonstraram a utilização de proteína de soja pela indústria alimentícia como um ingrediente em produtos processados à base de carne.

Estudos apontaram a presença de soja transgênica em carnes como presunto, mortadela de frango e steak de frango; outra, em 12 de 50 amostras de alimentos derivados de mortadela, salsichas, salame, patê, linguiça, frios e rocambole de carne, e em 11 de 30 amostras de salsichas contendo soja.

No caso de carnes e preparações à base de carnes, as proteínas de soja são amplamente utilizadas por suas propriedades de ligação de água, ligação de gordura, textura e capacidade emulsionante, além das características organolépticas como aparência, firmeza e corte.

No estudo catarinense, nenhum dos alimentos analisados continha identificação da presença de transgênicos no rótulo. Contudo, estudos brasileiros identificaram a presença de soja e milho em diversos alimentos, incluindo carne processada e produtos à base de soja em quantidade superior a 1% sem, no entanto, declarar a presença de transgênicos no rótulo, conforme a legislação de rotulagem.

“Assim, considerando que 94% da soja e 85% do milho cultivados no país são transgênicos, é provável que os ingredientes derivados de soja e milho identificados no presente estudo também o sejam”, disse Suzi Cavalli.

Segundo ela, esses resultados são preocupantes porque, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, 24,5% da quantidade per capita média diária de consumo da população brasileira são provenientes de produtos de origem animal, incluindo carnes, leite e derivados e ovos.

Além da grande quantidade de ingredientes possivelmente transgênicos adicionados pela indústria alimentícia em carnes e preparações a base de carnes, animais alimentados com ração produzida com milho e/ou soja transgênicas também podem constituir fonte de transgênicos na alimentação humana.

Outro lado

A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) informou à redação, por meio de nota, que é bastante clara quanto a esse tema e recomenda às suas associadas o pleno cumprimento do Decreto 4.680/03, que determina a rotulagem de alimento ou ingrediente alimentício com a presença de Organismos Geneticamente Modificados (OGM). E que nos casos em que houver comprovação efetiva de desacordo com a legislação vigente estarão sujeitos às penalidades aplicadas pelas autoridades competentes.

Fonte: Rede Brasil Atual

Edital concurso professor UFBA

18/09/2017 14:04

DEPARTAMENTO IMS/UFBA

O REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA), no uso de suas atribuições estatutárias, torna público que estarão abertas as inscrições para o Concurso Público para cargos da Carreira do Magistério Superior da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

DEPARTAMENTO IMS/UFBA

Área de Conhecimento: Alimentação Coletiva
Classe: A Denominação: Adjunto A RT: DE Vagas: 01
Titulação: Graduação em Nutrição e Doutorado em: Nutrição ou Ciências da Saúde ou Ciências da Nutrição ou Nutrição
Humana ou Ciência dos Alimentos ou Alimentos, Nutrição e Saúde ou áreas que tenham correlação com
Alimentação Coletiva.
Tipos de Prova: Escrita, Didática, Títulos e Defesa de Memorial.
Período de inscrição: 15/09/2017 a 16/10/2017

ESCOLA DE NUTRIÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO
Área de Conhecimento: Ciência da Alimentação e Nutrição e Ciência da Saúde Pública
Classe: A Denominação: Adjunto A RT: DE Vagas: 01
Titulação: Graduação em Nutrição, com título de Doutor na Área de Alimentação e Nutrição ou Nutrição Humana ou
Saúde Coletiva ou Saúde Pública ou Política Pública ou Administração Pública ou Ciências Sociais e
Humanas, com tese defendida nas subáreas de Políticas Públicas e/ou Políticas Sociais e/ou Políticas de Saúde
e/ou Políticas de Alimentação e Nutrição e/ou Segurança Alimentar e Nutricional.
Tipos de Prova: Escrita, Didática, Títulos e Defesa de Memorial.
Período de inscrição: 15/09/2017 a 16/11/2017

DEPARTAMENTO DE BIORREGULAÇÃO

Área de Conhecimento: Fisiologia dos Órgãos e Sistemas
Classe: A Denominação: Adjunto A RT: 40 H Vagas: 02
Titulação: Graduação em Ciências da Saúde ou Ciências Biológicas ou Medicina Veterinária e Doutorado stricto sensu
em Ciências Biológicas ou Ciências da Saúde ou Multidisciplinar (Saúde e Biologia).
Tipos de Prova: Escrita, Didática, Títulos e Defesa de Memorial.
Período de inscrição: 15/09/2017 a 16/10/2017

Para mais informações consulte o edital: http://www.concursos.ufba.br/docentes.html

POPULAÇÃO É FAVORÁVEL A MEDIDAS DE REGULAÇÃO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS

18/09/2017 13:44

Cerca de 71% da população brasileira é contra a propaganda de alimentos que possam causar obesidade, tais como refrigerantes, bebidas açucaradas, salgadinhos e macarrão instantâneo. Diante da informação de que alguns países colocam selos nas embalagens desses produtos para advertir sobre quantidade de sal, açúcar, gordura e calorias, 88% concordam que a prática deveria ser adotada no Brasil. Este é o resultado da Pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela ACT Promoção da Saúde para a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, feita em 120 municípios com 2.070 pessoas, em agosto.

Quando perguntada sobre aumento de preços e impostos desses produtos, a maioria concorda que diminuiria seu consumo: 74%. A facilidade de acesso em função de sub-tributação e preços baixos é um dos fatores de estímulo ao consumo e o aumento de preços e impostos de bebidas açucaradas é uma das medidas de combate a obesidade mais custo efetivas segundo a OMS.

“No Brasil o sistema tributário é tão distorcido que praticamente subsidiamos a epidemia da obesidade através de incentivos fiscais para as grandes empresas fabricantes de refrigerantes. Não é possível que seja mais fácil comprar uma lata de refrigerante do que uma fruta ou ter acesso à água potável. Entendemos que ambientes saudáveis geram escolham saudáveis”, explica Paula Johns, diretora executiva da ACT Promoção da Saúde.

Estas são algumas das medidas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) para conter o avanço da obesidade:  aumento da tributação de bebidas açucaradas e adoçadas com adoçantes não calóricos ou de baixa caloria; restrição da publicidade e promoção de alimentos e bebidas não saudáveis dirigidas ao público infantil; restrição da oferta de bebidas e alimentos ultraprocessados nas escolas e aprimoramento das normas de rotulagem de alimentos que deixem a informação mais compreensível e acessível ao consumidor.

De acordo com o Inca, cerca de 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil são atribuídos ao sobrepeso e a obesidade.   O excesso de peso corporal está fortemente associado ao risco de desenvolver 13 tipos de câncer: esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente associado aos de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.

Para o Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, a obesidade é uma questão séria para a sociedade brasileira, que vem mudando seus hábitos e passando a consumir mais alimentos ultraprocessados.  “A pesquisa reforça que as medidas propostas são necessárias. É preciso que a informação dos rótulos dos alimentos ultraprocessados seja clara e a propaganda desses produtos precisa ser regulada”, explica Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec.

A pesquisa Datafolha/Aliança também demonstra que aumentou a conscientização da população sobre os malefícios desses produtos. Em pesquisa anterior, de agosto de 2016, 64% dos brasileiros era contrária à venda de alimentos ultraprocessados  para crianças em escolas, assim como à propaganda desses produtos para crianças até 12 anos.  A amostra havia identificado que a população era favorável à regulamentação do marketing de produtos ultraprocessados: 60% dos entrevistados eram contrários a qualquer tipo de propaganda dirigido às crianças; 62% contra propaganda de produtos à base de leite açucarado; 64% contra a de sucos industrializados; 67% contra a de salgadinhos e 72% contra a de refrigerantes. Além disso, 52% disseram ler os rótulos dos produtos alimentícios, mas apenas 14% diziam entende-los bem.

A ACT e o Idec são membros da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável (http://www.alimentacaosaudavel.org.br/), um coletivo de organizações da sociedade civil que conta mais de 30 organizações, além de pesquisadores e cidadãos que trabalham pela promoção de politicas públicas de alimentação saudável. O aumento da taxação de bebidas açucaradas, a restrição da publicidade de alimentos ultraprocessados e a melhoria da rotulagem dos alimentos são alguns dos itens da agenda da Aliança.

A pesquisa está disponível em:

http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/1196_Datafolha_alimentos_2017.pptx

Informativo da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição

08/09/2017 18:18

Notícia de Capa: CGAN participa de reunião sobre aprimoramento da Rotulagem Frontal

No dia 21 de agosto, o Ministério da Saúde participou de reunião realizada pela ANVISA para discussão das propostas para aprimoramento da Rotulagem Frontal.

A ANVISA recebeu cinco propostas, que foram apresentadas e discutidas na referida reunião. O Ministério da Saúde, representando a CAISAN, apresentou proposta; assim como a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação, a Fundação Ezequiel Dias, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, a Organização Pan Americana de Saúde Pública e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional.

Como um dos encaminhamentos do Grupo de Trabalho sobre Rotulagem Nutricional, instituído por meio da Portaria ANVISA nº 949, de 4 de junho de 2014, a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional – CAISAN elaborou e enviou à Anvisa proposta de rotulagem de alimentos na parte frontal das embalagens  como forma de promoção, apoio e proteção da alimentação saudável (…)

Para saber mais sobre a reunião sobre aprimoramento da Rotulagem Frontal e acessar as demais notícias relacionadas à agenda de alimentação e nutrição no SUS:

– Baixe a Segundeira da CGAN desta semana no link: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-download_file.php?fileId=1741; ou

– Acesse o Blog da CGAN da RedeNutri (http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-view_articles.php).

Nesta edição:

  • CGAN participa de reunião sobre Aprimoramento da Rotulagem Frontal
  • Seminário debate avanços do Chile no controle da publicidade de alimentos
  • Reunião do Guia Alimentar para crianças menores de dois anos
  • Governo federal define ações para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis
  • Não é normal sentir dor na hora de amamentar
  • Centro de Excelência contra a Fome anuncia vencedores de concurso de pesquisa
  • Câmara Legislativa do DF realiza seminário sobre alimentação saudável
  • Inscrições abertas – Curso “Planejamento de Ações de Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar”, na modalidade EAD
  • Reuniões e Agendas Estratégicas da CGAN
  • De olho na evidência
  • Espaço dos estados
  • Implementando o Guia Alimentar para a População Brasileira
  • Monitoramento semanal dos programas estratégicos da CGAN
  • Saiu na Mídia

A Segundeira da CGAN é o informativo semanal da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, na qual são apresentadas as principais notícias da semana, agendas previstas da Coordenação, além de trazer atualizações sobre evidências científicas, textos de apoio para a implementação das recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira e atividades realizadas nos municípios e estados relacionados à agenda de alimentação e nutrição no SUS e monitoramento de alguns programas.

Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição

Departamento de Atenção Básica

Secretaria de Atenção à Saúde

Ministério da Saúde

Benefícios de proibição de publicidade infantil superam perdas em R$ 77 bi

08/09/2017 18:08

Os benefícios à sociedade da efetiva proibição da propaganda infantil no Brasil por 15 anos, a partir de 2017, poderiam superar em até R$ 76,9 bilhões os custos de empresas, governos e órgãos reguladores com a medida.

A conclusão é de um estudo inédito realizado pela Unidade de Inteligência da “The Economist” (EIU, da sigla em inglês) a pedido da ONG brasileira Instituto Alana e divulgado nesta sexta-feira (25).

Para chegar ao resultado, os pesquisadores calcularam o VAL (Valor Atual Líquido) —a diferença entre os valores dos benefícios e dos custos da medida— considerando seis setores: fast food, alimentos em supermercados, bebidas não alcoólicas, vestuário infantil, brinquedos/jogos e música/vídeo/bilheterias.

Se a publicidade brasileira nesses segmentos excluísse definitivamente campanhas direcionadas a crianças de até 12 anos —responsáveis, de acordo com estimativa da EIU, por 5% das receitas totais—, a perda com receitas em publicidade e de anunciantes e os gastos de governos e entidades com a aplicação da medida (aumento da fiscalização) somariam um “valor de custo” de R$ 171,3 bilhões.

O “valor de benefício” da proibição, no entanto, ainda seria de R$ 248,2 bilhões, resultando em uma relação custo-benefício positiva, de 1,45.

Entre as vantagens do fim da publicidade infantil, o estudo cita a possível redução dos gastos com saúde, tanto privados, como consultas médicas e remédios, quanto públicos (campanhas e hospitalizações).

“As crianças passariam a consumir menos alimentos e bebidas com alto teor calórico […], levando a uma redução das despesas com saúde associadas a doenças causadas por comer demais ou por manter hábitos alimentares ruins (como a obesidade)”, diz a pesquisa.

Outros impactos positivos, mas que não puderam ser monetizados, seriam a redução de transtornos alimentares, o aumento da produtividade (incluindo na vida adulta) e uma melhor qualidade de vida psicológica e social, com menos conflitos familiares.

Um dos desafios para a eficácia da medida é a fiscalização nas redes sociais, aponta o estudo. “Até que seja claramente do interesse dessas plataformas criar um mecanismo de aplicação mais forte para monitorar e remover o conteúdo que desrespeite as diretrizes e os limites legais, esse conteúdo provavelmente permanecerá à disposição das crianças.”

A pesquisa ressalta que os dados disponíveis ainda são escassos e conclui que “à medida que mais informações sejam divulgadas ao público e os consumidores se informem mais sobre os produtos e práticas das empresas, provavelmente crescerá o apoio à proibição.”

Vanessa Nadalin, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), afirma, no entanto, que o resultado do estudo parece “muito robusto” para não ser considerado.

“Em uma análise de custo-benefício, parece não haver dúvidas sobre as vantagens [da proibição]. Porque os custos apresentados não fogem muito disso. Já os benefícios monetizáveis englobam basicamente saúde, mas existem vários outros impactos que não puderam ser quantificados”, disse Nadalin em debate mediado pelo editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila.

REGULAMENTAÇÃO

A pesquisa da EIU aponta que o Brasil já proíbe a publicidade dirigida a crianças menores de 12 anos na Constituição, no Código de Defesa do Consumidor, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Resolução 163/2014 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente).

Apesar do respaldo legal, a proibição não é devidamente aplicada, afirma Romina Bandura, consultora sênior da EIU que apresentou o estudo. “Vemos linguagem infantil, uso de personagens, coisas que têm apelo para as crianças.”

A questão legal sobre a proibição da publicidade infantil não é, contudo, consenso entre os atores e setores envolvidos.

Segundo Milton Seligman, professor do Insper, o banimento da publicidade infantil não está definido em lei, e a proibição não resolveria o problema.

“O estudo cita que não há dados suficientes sobre o tema e que a regulação, principalmente nas redes sociais, é difícil. Por não sabermos e não entendermos o cenário, vamos banir? Acredito que não. Precisamos debater e aprimorar o código de autorregulamentação”, disse.

Seligman defende a atuação do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e seu Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, que considera uma “excelente resposta para enfrentar o gravíssimo problema da publicidade voltada ao público infantil e adolescente.”

Ele cita a seção 11 do artigo 37 do código, que diz que “nenhum anúncio dirigirá apela imperativo de consumo diretamente à criança” e condena “ação de merchandising ou publicidade indireta contratada que empregue crianças, elementos do universo infantil ou outros artifícios com a deliberada finalidade de captar a atenção desse publico específico, qualquer que seja o veículo utilizado.”

Para o professor, a autorregulação reúne atores que podem fazer as determinações serem cumpridas muito mais rápido do que o Judiciário

“Uma publicidade que seja denunciada e que o Conar entenda que ofende o que está escrito no código sai do ar imediatamente, em menos de 24h”, afirma e completa: “E aí, tem problema de prejuízo para os envolvidos.”

Isabella Henriques, diretora de Advocacy do Alana, entende que há respaldo na lei para a proibição da publicidade dirigida ao público infantil. Ela cita o artigo 36 do Código de Defesa do Consumidor, que diz que a publicidade “deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.”

“De fato, o código não fala que é proibido o direcionamento de publicidade infantil, mas ao falar também, no artigo 37, que é ‘abusiva a publicidade que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança’, ele está dizendo que a publicidade não pode se aproveitar dessa fase peculiar de desenvolvimento. Considerando pesquisas que dizem que, mesmo quando a criança entende que aquilo é publicidade, ela não entende o caráter persuasivo da mensagem e não está em condições de se defender, existe o entendimento nosso e de vários juristas de que é intrínseco à publicidade dirigida ao público infantil ser abusiva”, explica Henriques.

Ela destaca que a questão não é o fim da publicidade de produtos infantis, mas da propaganda direcionada às crianças, o que seria “benéfico para toda a sociedade.”

Para Henriques, a autorregulação de órgãos como o Conar e das próprias empresas é muito importante e positiva, mas não suficiente. “A autorregulação precisa de mais transparência e de uma base rígida e sólida de regulação governamental para ampará-la.”

Em nota, a Abral (Associação Brasileira de Licenciamento) afirma que a Constituição não proíbe a publicidade dirigida às crianças menores 12 anos e a resolução do Conanda “é uma recomendação, que não tem força de lei.”

“O que existe é um sistema misto de regulação que pune os abusos. Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente e Código do Consumidor regem a questão, além do Código de Autorregulamentação Publicitária do Conar. É permitido fazer publicidade direcionada a crianças desde que respeitando os limites impostos por esse arcabouço regulatório”, afirma.

A entidade reconhece  a necessidade de uma vigilância permanente contra os abusos da publicidade infantil, mas considera que já existem mecanismos disponíveis para esse controle.

“Informações nutricionais em restaurantes: qual o modelo preferido no Brasil e no Reino Unido?”

08/09/2017 18:05

Informamos que o press release “Informações nutricionais em restaurantes: qual o modelo preferido no Brasil e no Reino Unido?” foi publicado no blog SciELO em Perspectiva | Press Releases e está disponível por meio do link:

http://pressreleases.scielo.org/blog/2017/09/05/informacoes-nutricionais-em-restaurantes-qual-o-modelo-preferido-no-brasil-e-no-reino-unido/

Este press release também foi compartilhado nos perfis do SciELO nas redes sociais:

http://twitter.com/RedeSciELO/status/905057716800016384

http://www.facebook.com/SciELONetwork/posts/1590992294309489

Periódicos científicos do Brasil e o dilema: publicar ou não em inglês?

08/09/2017 18:00

Andréa Cerqueira Souza é especialista em marketing, atua com comunicação e marketing científico em publicações da Fundação Getulio Vargas, São Paulo, SP, Brasil

RAE-Revista de Administração de Empresas apresenta na edição especial de aniversário (volume 57, número 4) uma nova seção chamada Perspectivas. De acordo com Maria José Tonelli, editora-chefe do periódico, a nova seção tem como objetivo contribuir para a discussão de ideias que possam trazer opiniões e novos olhares para o avanço do conhecimento na área de Administração de Empresas e conta com a publicação de dois artigos. A ideia é apresentar discussões relevantes que possam ter pontos de vista divergentes ou complementares sobre um mesmo tema.

Para iniciar os debates, entra em pauta um assunto que está em alta no mercado editorial de publicações científicas: o processo de internacionalização e a adoção da língua inglesa nas publicações brasileiras. Sobre esse processo, Tonelli (2016) afirma que esse é um dos dilemas enfrentados pelos periódicos nacionais, o de atender à crescente pressão para publicação em língua inglesa versus o ainda necessário aprimoramento das pesquisas e artigos em português. Outro aspecto destacado pela editora, é a necessidade de atrair os artigos de pesquisadores brasileiros talentosos quando estes são pressionados por suas instituições a publicar em periódicos internacionais.

Sobre esse assunto, Salomão Alencar de Farias, professor na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e editor-chefe da BAR (Brazilian Administration Review) traz o artigo “Internacionalização dos periódicos brasileiros” no qual o professor faz uso de sua experiência para debater o crescimento da língua inglesa nos periódicos nacionais, bem como outros desafios próprios do processo de internacionalização. Sob outra perspectiva, Rafael Alcadipani, professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), apresenta o artigo “Periódicos brasileiros em inglês: a mímica do publish or perish “global”, no qual faz uma crítica sobre a crescente utilização do inglês nos artigos acadêmicos publicados no Brasil e defende a necessidade de articulação de uma resistência ao mundo acadêmico do publish or perish anglo-saxão.

Farias (2017) lembra que o processo de internacionalização das publicações brasileiras na área de Administração é recente e, considerando o uso da língua inglesa como um dos requisitos desse processo, o desafio ainda é grande. Para o professor, enfrentamos como obstáculo inicial o fato de não sermos educados nesse idioma, mesmo no meio acadêmico, cuja cobrança, segundo o autor, restringe-se à leitura e compreensão de texto, não englobando a redação acadêmica em inglês. Ainda assim, outros desafios são, em sua opinião, ainda maiores: “deve-se atentar para a qualidade dos artigos e a autoria de artigos em parcerias com autores estrangeiros, bem como para a necessidade de um corpo editorial diverso e ativo, como questões ainda mais desafiadoras no processo de internacionalização dos periódicos”, diz.

Analisando a estrutura comumente utilizada pelos periódicos no Brasil, Farias (2017) afirma que para competir internacionalmente, os periódicos precisam de profissionalização editorial, que, nos países desenvolvidos, está relacionada com a contratação de um publisher. Visto que aqui os periódicos com maior impacto adotam o acesso aberto, o autor critica a falta de financiamento: “Um orçamento ‘adequado’ também é uma condição necessária para a internacionalização, e, considerando a escassez de financiamento de órgãos como o CNPq e CAPES para tal fim, poucos periódicos conseguirão manter uma periodicidade e qualidade adequadas para competir com diferentes pares no mundo”, afirma. Outro aspecto é fortalecer a participação e colaboração de autores e especialistas nos comitês editoriais com afiliação estrangeira. Para ele, “o problema é atrair autores estrangeiros para submeterem artigos a periódicos classificados como A no Qualis CAPES, mas com fatores de impacto ainda pouco competitivos para atrair os melhores artigos de pesquisadores estrangeiros e competir com igualdade com os mega journals de nossa área”, declara. Em sua opinião, o editor acredita que o caminho para a internacionalização é: “publicar em inglês, em cooperação com pesquisadores estrangeiros, ter rigor na avaliação dos artigos, um corpo editorial diversificado que inclua estrangeiros comprometidos e participativos nos processos do periódico, profissionalização do periódico com a contratação de um publisher, e até, futuramente, a “venda” dos periódicos aos publishers internacionais, bem como a especialização de alguns periódicos em áreas funcionais da Administração, a exemplo do que existe em outros países” (FARIAS, 2017).

Alcadipani abre seu artigo apresentando dados que mostram que os periódicos de Administração estão adotando, cada vez mais, a publicação de artigos em inglês. No entanto, crítico desse movimento, o autor diz ser necessário articular uma resistência ao mundo acadêmico do publish or perish, em menção a uma “pressão presente no meio acadêmico para que seus membros realizem publicações de maneira rápida e contínua, geralmente em periódicos, para que os acadêmicos consigam uma posição em uma instituição de pesquisa e mantenham a sua carreira”, diz. Corroborando com Tonelli (2016) e Farias (2017), Alcadipani também afirma que não basta publicar em inglês, é preciso ter qualidade. Nesse sentido, o autor compara o sistema americano e europeu, cuja estabilidade dos professores nas instituições está atrelada a capacidade de publicar em periódicos top e, para isso, eles têm menos carga horária para cumprir em aulas em contraponto ao sistema brasileiro, cuja qualidade da produção científica do professor não está fundamentalmente atrelada nem à sua empregabilidade nem ao seu prestígio no campo, além de ter uma carga horária maior e um número maior de orientandos de mestrado e doutorado, se comparado com pesquisadores nos EUA e Europa. Alcadipani (2017) afirma que é preciso resistir a essa lógica do publish or perish anglo-saxão argumentando que mesmo os periódicos nacionais que publicam em inglês têm, em sua maioria, publicações de autores brasileiros, o que significa que são poucos os autores estrangeiros que publicam seus papers aqui. Outro aspecto destacado pelo autor é a baixa citação dos periódicos nacionais em inglês por autores de fora do Brasil. Para o professor, “o Brasil tem dimensões que lhe permitem criar uma lógica de produção de conhecimento que supere e vá além do publish or perish vigente atualmente tanto no Brasil quanto no exterior”, declara. Ele aponta que publicar em português pode servir como uma forma de resistir a essa lógica: “Se queremos ser “globais”, podemos utilizar os nossos periódicos para articular uma posição acadêmica do Sul, aceitando artigos em espanhol e francês, por exemplo”, defende.

A RAE convida os leitores para acompanhar os textos completos dos autores na seção “Perspectivas” da nova edição (Volume 57, número 4, 2017).

Referências

TONELLI, M. J. RAE debate qualidade de pesquisas científicas e periódicos acadêmicos [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2016 [viewed 21 August 2017]. Available from: http://humanas.blog.scielo.org/blog/2016/09/16/rae-debate-qualidade-de-pesquisas-cientificas-e-periodicos-academicos/

Para ler os artigos, acesse

ALCADIPANI, R. and BERTERO, C. O. Uma escola Norte-Americana no Ultramar?: uma historiografia da EAESP. Rev. adm. empres. [online]. 2014, vol.54, n.2 , pp.154-469. [viewed 28 August 2017]. ISSN 0034-7590. DOI: 10.1590/S0034-759020140204. Available from: http://ref.scielo.org/g8vk5n

FARIAS, S. A. Internacionalização dos  periódicos brasileiros. Rev. adm. empres. [online]. 2017, vol.57, n.4, pp.401-404. [viewed 01 September 2017]. ISSN 0034-7590. DOI: 10.1590/s0034-759020170409. Available from: http://ref.scielo.org/7c54yy

TONELLI, M. J. Novamente a questão do lugar: local, global ou glocal?. Rev. adm. empres. [online]. 2016, vol.56, n.3, pp.265-265. [Viewed 21 August 2017]. ISSN 0034-7590. DOI: 10.1590/S0034-759020160301. Available from: http://ref.scielo.org/x6pxz7

Link externo

Revista de Administração de Empresas – RAE: www.scielo.br/rae

SOUZA, A. C. Periódicos científicos do Brasil e o dilema: publicar ou não em inglês? [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2017 [viewed 08 September 2017]. Available from: http://humanas.blog.scielo.org/blog/2017/09/01/periodicos-cientificos-brasileiros-e-o-dilema-publicar-ou-nao-em-ingles/

Planeta.Doc Conferência: convite para professores e alunos da UFSC

08/09/2017 17:48

Não é mais possível desenvolver dois conjuntos paralelos de medidas, um para responder às necessidades sociais – “salvar a humanidade” – e outro para responder aos danos ecológicos “salvar o planeta”. O objetivo atual é combinar essas duas exigências solidárias na perspectiva de ação conhecida como socioambiental.

A percepção da existência de limites do planeta, da degradação e dos riscos ecológicos, bem como das consequências humanas dramáticas destas degradações nos força, desde já,  a  repensar  as  relações entre  sociedade-natureza e a considerar danos ignorados por muito tempo.

Planeta.doc Conferência abre espaço para as ideias de renomados pensadores da Terra – tanto na área acadêmica quanto artística – e pretende contribuir ao necessário e protelado debate por meio de conferências presenciais e amplamente divulgadas posteriormente via redes sociais. Considera-se que esta janela para um mundo novo e surpreendente precisa ser criada e enaltecida como um espaço de transformação.

 

Professores da UFSC e seus alunos estão convidados a participar do Planeta.doc Conferência, evento que integra as ações da quarta edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental PLANETA.doc, e será realizado no dia 23 de outubro de 2017, em Florianópolis (SC), no Auditório Garapuvu, Centro de Cultura e Eventos da UFSC. O Festival exibirá cerca de 100 filmes socioambientais de todo o mundo.

Faça parte desse projeto cultural sem fins lucrativos. Inscreva-se na fanpage do PLANETA.doc Festival no Facebook, conheça mais o evento e veja algumas palestras que serão realizadas na Conferência 2016. Programação completa em breve.

Festival Planeta.doc

www.planetadoc.com

Saiba mais

Hora do almoço! Filas para o Restaurante Universitário triplicam

04/09/2017 09:49

O Restaurante Universitário (RU para os íntimos) tem uma rotina com onze mil refeições diárias.  Mas são os oito mil almoços, servidos entre 11 e 13h30, os “responsáveis” pelas quilométricas filas. São seis renovações completas do salão para atender todo esse povo todo (o RU tem 1300 assentos), num trabalho que começa às seis da manhã. “O pessoal tem que entrar e sair numa média de tempo de 24 minutos para cada usuário nas duas horas e meia de intervalo”, diz o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Pedro Manique Barreto.

Numa outra leitura, Barreto lembra o investimento que a atual administração da UFSC fez na estrutura do restaurante, tanto parte física quanto na de pessoal. “Agregamos três novos servidores e conseguimos comprar no meio do ano passado três novos fornos com capacidade igual aos quatro que já existiam e dos quais só dois funcionavam. Adquirimos uma nova fritadeira com capacidade para 180 litros de óleo, que se juntou às cinco já existentes que juntas, têm capacidade  para 120 litros de óleo.”

Os fornos, segundo o pró-reitor, permitiram também diminuir o estresse da equipe no preparo do alimento. “Antes, o preparo em um determinado dia tinha que iniciar às seis da manhã e a equipe trabalhar a todo vapor, sem tempo nem de se coçar, como se costuma dizer, mas hoje a pressão é menor. O frango, por exemplo, pode ser feito tanto na frigideira como no forno”.

Ele acredita que com mais equipamentos à disposição, mais motivação para o colaborador do RU que, se sentindo menos pressionado, consegue inovar. “Com a mesma matéria prima, seja frango (porque a gente não foge disso, é frango, carne bovina, carne suína ou pescado, que são as quatro proteínas principais), o pessoal conseguiu fazer um cardápio diferenciado”, explica Pedro, que dá uma ideia do menu: “Hoje a gente tem frango ao molho mostarda, chuleta de porco na chapa  com molho de mostarda, isca de filé mignon suíno com molho acebolado, opções que não existiam na época que os fornos não estavam funcionando e quando só havia dois tipos de equipamento. Temos batido recordes de refeições diárias”, comemora.

Na avaliação de Barreto, a crise nacional que penaliza o bolso de todo mundo por um lado,  permite também ao Restaurante Universitário oferecer  uma comida subsidiada pela universidade ao preço de R$1,50 para estudantes e R$ 2,90 para servidores, docentes e técnicos administrativos.

Na opinião do responsável pela PRAE, o fato de se atrair mais quatro mil pessoas (já que são oito almoços diários) e gerar as quilométricas filas, está relacionado à qualidade da comida e os investimentos feitos no setor.

Manutenção e recursos 

“A equipe é suficiente e é claro que não gostaríamos que o estudante ficasse esperando 40 ou 50 minutos na fila em dias de chuva 40 ou 50 minutos para se alimentar”, diz Pedro Manique, que reconhece a necessidade de uma ampliação na estrutura física projetada para produzir, no máximo,  cinco mil refeições por turno, ou cinco mil almoços, mas que hoje serve oito mil. “É uma estrutura que está além do seu limite, o que provoca custos relativamente altos de manutenção”.

As fritadeiras, por exemplo, funcionam das seis da manhã a uma da tarde.  Depois entram num processo de resfriamento para o turno do jantar. “Se você estivesse trabalhando para cinco mil refeições, você não utilizaria tanto tempo”, acrescenta.

“Existe a queima de resistência elétrica, que aquece o óleo de forma constante. Nós temos as chapas, que funcionam com aquecimento a gás, com queimadores por baixo da chapa de ferro, que duram cerca de três meses e se deterioram após esse período, oxidam e se desgastam ao ponto de ter que trocar”.

“Estamos em agosto e indo para a segunda troca e a gente nunca sabe quando vai precisar. O problema não é custo, os queimadores não são caros, o problema é que a gente trabalha com o imponderável. “Não há como prever”.

O decreto 7234 de 2010, que define o Programa Nacional de Assistência Estudantil, o PNAES, prevê uma dotação orçamentária para cada universidade federal. A UFSC vai receber pelo terceiro ano ao redor de 21 milhões para a assistência estudantil, e não houve nenhum incremento. “Só os estudantes isentos praticamente consomem esse recurso inteiro”. E é um recurso que não é para capital, mas para custeio.  Os investimentos feitos até agora no RU têm saído da matriz orçamentária da UFSC e não da matriz PNAES, que é única e exclusivamente para custeio.

A universidade tem feito um esforço para obtenção de recursos. Há um trabalho da gestão junto à bancada catarinense no congresso nacional e aqui junto à Fapesc nesse sentido. Quando há a necessidade de injeção de recursos, o dinheiro vem do orçamento da UFSC e do que vem das emendas parlamentares, e não houve nenhuma emenda específica para o restaurante.  Quando isso acontece desafoga um pouco e permite que  a universidade invista lá. O ano passado foram investidos quase meio milhão de reais no RU com equipamentos. Este ano já chegamos a 300 mil reais de investimentos”.

Com a tradicional touca obrigatória para os trabalhadores que circulam pelo restaurante, Pedro lembra que o foco em 2017 está mais nas condições higiênico-sanitárias. Foram adquiridas cortinas de ar para todas as portas em todas as entradas, tanto no salão como na cozinha, o que impede a entrada de insetos, pássaros e aves de pequeno porte.

Na parte de processamento e lavação de frutas e hortaliças foram instaladas telas milimetradas de inox que custaram R$ 36 mil. Foram colocadas também quatro portas vai e vem teladas com alumínio para garantir que não se tenha surpresa com aves, especialmente com pombos.  Tela foram ainda colocadas em toda a área externa do restaurante. “Hoje não há uma janela que não seja telada.”

Mas talvez o grande passo adiante hoje na universidade seria ampliar a estrutura do RU, que está limitado pela escassez de recursos. “Temos que tentar conseguir alguma emenda parlamentar que traga algum recurso em torno de um milhão a três milhões para que consigamos aumentar o salão.

Barreto: ampliação está nos planos.

Uma opção, de acordo com Pedro Manique, seria o aproveitamento do antigamente era conhecido como o Restaurante C, ou a ala velha. “Se ele fosse reformado, adaptado para um novo salão, talvez ali pudesse abrigar mais 500 pessoas. Algumas modificações seriam necessárias como a adaptação do forro, retirada de equipamento fixo, troca de piso, adaptações para poder trazer os alimentos da cozinha para uma gôndola de serviço, que teria de ser instalada ali.  Não adianta botar só assento ou só mesa”. Essa seria uma alternativa para a redução das filas. 

E o que pensam os alunos?

“Acho o RU muito bom, principalmente pela variedade e praticidade. A comida podia ser mais saborosa, mas levando em consideração a quantidade de pessoas que são atendidas, a qualidade até que não deixa muito a desejar. Uma coisa que acredito que falta é opção de proteína para o pessoal que é vegetariano, o que beneficiaria também que não é. Talvez algo pudesse ser feito para diminuir as filas ou para que fossem mais rápidas. Acho a estrutura do RU ok. A reposição dos alimentos é que não é muito eficiente, acaba atrasando a fila e até mesmo o trabalho de quem a faz, mas também não consigo imaginar uma forma de ser feita diferente do que é atualmente.”

Ingrid Silva, estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC 

“Entrei na UFSC no segundo semestre de 2015 e, de lá pra cá, as filas só aumentam. Antes, o aumento se dava pelo horário. Por exemplo, às onze da manhã, havia pouca fila. Hoje, já nesse horário, há uma fila enorme. A gente percebe que o RU está atendendo a uma demanda maior do que pode suportar. A solução seria aumentar o espaço físico, alogo pouco provável no atual cenário econômico. Embora a estrutura física do restaurante seja muito boa, não está conseguindo dar conta da quantidade de alunos. Os funcionários, em sua maioria, são agradáveis e cumprem suas funções. Sempre tem algum ou outro carrancudo, mas no geral, são simpáticos. Os alimentos servidos são de boa qualidade. O cardápio muitas vezes poderia aproveitar melhor os ingredientes e variar as opções.”

Allan Rodrigues, estudante de Jornalismo da UFSC 

“A fila sempre aumenta no início do semestre, e como a entrada de pessoas novas a cada semestre é maior que a saída, acredito que vai piorar cada vez mais.
A estrutura do RU é boa, tirando a parte do ar, que parece que está sempre desligado, e da limpeza. Os funcionários são prestativos e sempre ligados no que está faltando. A qualidade dos alimentos não é muito boa, principalmente na parte das saladas, que geralmente estão um pouco feias. As opções são poucas, comparado com o RU do Centro de Ciências Agrárias, que tem mais opções. Como tem muita gente na fila às vezes dá um tumulto na hora de repor os alimentos.”

Suzana da Silva, estudante de Farmácia da UFSC

“As filas são normais, principalmente no começo do semestre, e para mim isso não chega a ser um problema. Seu pudesse sugerir algo seria que as pessoas que não têm aula até às 11h50 fossem almoçar mais cedo e as que não têm aula às 13h30 fossem mais perto deste horário. Se todo mundo resolve ir ao meio dia, acontece o que estamos acostumados a ver, as longas filas. Sobre a estrutura do RU não tenho nenhuma crítica, inclusive melhorou um pouco com a colocação das telas que evitam a entrada de pombos no ambiente. Acho  apenas que o ar condicionado poderia ser ligado nos dias de muito calor. Os funcionários em sua maioria são gentis e prestativos, inclusive notei que agora tem umas pessoas limpando as mesas durante o horário de funcionamento do RU. A qualidade dos alimentos é boa, mas a variedade diminuiu bastante. Antes tínhamos mais opções como o macarrão, que nunca mais teve, batata palha, aipim e creme de milho. Nunca vi faltar talheres, são sempre repostos rapidamente, assim como os alimentos também. Se eu puder fazer mais alguma colocação, eu gostaria de pedir a volta dos sucos (risos). Também acho que acho que não deveriam existir esses passes de papel e sim carteirinhas iguais aquelas usadas nos ônibus com recarga antes.”

Michele Prates Freitas, estudante de Arquitetura da UFSC 

Texto: Artemio de Souza/jornalista/Agecom

            Diana Hilleshein/Estagiária de Jornalismo/Agecom

Fotos: Ítalo Padilha/Agecom

FONTE: Notícias UFSC

O artigo Oferta de Preparações Culinárias e Alimentos Regionais e da Sociobiodiversidade na Alimentação Escolar: Um Estudo na Região Sul do Brasil desenvolvido no âmbito do Programa de Pós Graduação em Nutrição da UFSC recebe prêmio do Centro de Excelência contra a Fome (WFP)

28/08/2017 16:49
O Centro de Excelência contra a Fome anunciou no dia 25 de agosto os vencedores do “Concurso de pesquisas científicas e projetos de inovação: Multiplicando experiências e estratégias sustentáveis de alimentação e nutrição do Brasil”.
Dentre os vencedores está o artigo desenvolvido como um dos resultados do projeto de pesquisa:“Qualidade da alimentação escolar a partir do fornecimento de alimentos da agricultura familiar: um estudo multicêntrico da Região Sul do Brasil”, financiado pelo edital Universal MCTI/CNPq nº14/2012, coordenado pela Professora Suzi Barletto Cavalli.
O artigo intitulado Oferta de Preparações Culinárias e Alimentos Regionais e da Sociobiodiversidade na Alimentação Escolar: Um Estudo na Região Sul do Brasil de autoria de  Mariana Werlang Girardi, Rafaela Karen Fabri, Vitória Uliana Bianchini, Suellen Secchi Martinelli e Suzi Barletto Cavalli ficou na 5ª posição na categoria artigos.
O objetivo da iniciativa foi dar destaque para artigos de pesquisa científica e projetos de implementação de ações sustentáveis de alimentação e nutrição no Brasil que possam ter sua experiência compartilhada e multiplicada por intermédio do Centro de Excelência na África. Os vencedores em primeiro lugar nas duas categorias participarão de uma viagem de estudos promovida pelo Centro de Excelência.Uma comissão julgadora, composta por representantes da UNICAMP, CFN, CRN1, CONSEA e ASBRAN, escolheu os cinco melhores artigos e os cinco melhores projetos.
Resultado disponível na página do World Food Program no facebook.