Idec lança pesquisa online sobre rotulagem nutricional
fonte: Asbran
Influence of menu labeling on food choices in real-life settings: a systematic review
Artigo de revisão sistemática sobre informações nutricionais em restaurantes e escolhas alimentares, com extensa discussão sobre tipos de informação e questionamento sobre o papel da informação de calorias em escolhas alimentares saudáveis.
Autores: , , , , ,
Abstract
Context: Evidence that menu labeling influences food choices in real-life settings is lacking. Reviews usually focus on calorie counts without addressing broader issues related to healthy eating. Objective:This systematic review assessed the influence of diverse menu-labeling formats on food choices in real-life settings. Data Sources: Several databases were searched: Cochrane Library, Scopus, MEDLINE, Web of Science, Food Science and Technology Abstracts, Biological Abstracts, CAB Abstracts, EconLit, SciELO, and LILACS. Study Selection: Articles reporting experiments, quasi-experiments, and observational studies using control or preintervention groups were selected blindly by two reviewers.Data Extraction: Data was extracted using a standard form. Analyses differentiated between foodservice types. The quality of the 38 included studies was assessed blindly by two reviewers. Data Analysis: The results were mixed, but a partial influence of menu labeling on food choices was more frequent than an overall influence or no influence. Menu labeling was more effective in cafeterias than in restaurants. Qualitative information, such as healthy-food symbols and traffic-light labeling, was most effective in promoting healthy eating. In general, the studies were of moderate quality and did not use control groups. Conclusions: Calorie labeling in menus is not effective to promote healthier food choices. Further research in real-life settings with control groups should test diverse qualitative information in menu labeling.
Para ter acesso ao artigo completo clique: Fernandes et al 2016 Nutrition Reviews
When Food + Label = Fable
No mês passado, os EUA Food and Drug Administration (FDA) anunciou uma revisão da rotulagem da Informação Nutricional para alimentos embalados. A mudança que destaca-se relaciona-se ao negrito e tamanho da fonte da informação sobre calorias. O FDA acredita que a rotulagem clara de calorias é fundamental para ajudar os consumidores a fazer escolhas mais saudáveis. No entanto, a quantidade de calorias de um produto não é realmente o problema para a saúde do consumidor. Na verdade, fazer escolhas baseadas em contagens de calorias dos alimentos embalados poderia levar a escolhas menos saudáveis e piores para saúde de modo geral.
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Tradução livre
Critérios para entrar no clube. Tese investiga metodologia dos rankings de excelência acadêmica para compreender o desempenho das universidades brasileiras
Uma tese de doutorado defendida em 2015 na Universidade de São Paulo (USP) reuniu um conjunto de dados e argumentos que ajuda a compreender por que o Brasil tem um desempenho relativamente modesto em rankings internacionais de universidades. A pesquisa, feita por Solange Maria dos Santos, coordenadora de produção e publicação da biblioteca eletrônica SciELO, analisou uma década de produção científica brasileira (2003-2012) e esmiuçou a metodologia adotada por seis desses rankings para entender, por exemplo, por que há discrepância no número de instituições brasileiras entre as melhores do mundo – um deles registra apenas duas instituições nesse clube, enquanto outros enxergam até 22. Outra questão abordada envolve um aparente paradoxo: se o Brasil tem bom desempenho em rankings vinculados a certas áreas do conhecimento, como medicina e agronomia, por que isso não se reflete nos rankings gerais?
Segundo a pesquisadora, parâmetros de seleção adotados pelos rankings limitam a participação de mais universidades do país. “Um dos critérios de corte é o volume da produção indexada em bases internacionais. Por isso, grandes instituições, com indicadores robustos de pesquisa e ensino, têm mais chance de classificação. Os rankings selecionam um número restrito de instituições – na maioria das vezes, as 500 melhores – num universo de mais de 16 mil universidades no mundo”, diz Solange, que defendeu a tese na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e realizou parte da pesquisa na Espanha, na Universidade Carlos III, de Madri.
Curiosamente, a relevância do volume da produção científica indexada também ajuda a explicar por que há mais universidades brasileiras em rankings hoje do que há 10 anos: o país investiu na profissionalização das revistas nacionais, por meio de iniciativas como a biblioteca eletrônica SciELO, e conseguiu aumentar o número de periódicos do Brasil em bases internacionais em meados dos anos 2000. Na Web of Science, por exemplo, o número de publicações brasileiras indexadas saltou de 26 em 2006 para 103 em 2008. “Um conjunto maior de artigos passou a ser considerado nos indicadores e mais universidades brasileiras tornaram-se visíveis para os rankings”, afirma.
Isso é perceptível, por exemplo, no ARWU, sigla para Academic Ranking of World Universities (arwu.org), da China. Quando ele foi criado, em 2003, apenas a USP, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Estadual Paulista (Unesp) e a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apareciam entre as 500 melhores do mundo. Em 2007, a classificação passou a incluir a Federal de Minas Gerais (UFMG) e, em 2008, também a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A classificação do ARWU se baseia em parâmetros mais objetivos, como publicações e citações, número de pesquisadores com artigos altamente citados, existência de ex-alunos e professores que receberam um Prêmio Nobel ou uma Medalha Fields e proporção de professores com dedicação integral à universidade.
Já o ranking da britânica THE, sigla para Times Higher Education, registra apenas duas brasileiras entre as 500 melhores do mundo (USP e Unicamp). Entre 2008 e 2009, a UFRJ também apareceu na lista, mas não permaneceu. Parte de seus critérios tem um viés subjetivo: um terço dos pontos vem de uma pesquisa de reputação acadêmica feita com pesquisadores em 133 países. A pontuação também leva em conta citações, presença de professores e alunos estrangeiros e orçamento para pesquisa.
O estudo constatou que mudanças de metodologia nos rankings costumam ser responsáveis por oscilações bruscas no desempenho das universidades. “Eu desconfio quando uma manchete de jornal diz que uma universidade caiu ou subiu 100 posições num ranking. Nenhuma instituição muda tanto de um ano para o outro”, explica. Um caso de mudança de metodologia envolveu o ranking da consultoria Quacquarelli Symonds (QS). A partir de 2010, ela passou a utilizar a base Scopus, da editora Elsevier, que reúne um número maior de revistas latino-americanas que o banco de dados usado anteriormente, o Web of Science, da Thomson Reuters. Como parte dos pontos atribuídos vincula-se a citações dos artigos de docentes, o número de instituições brasileiras entre as mil melhores saltou de seis em 2010 para 22 em 2013. Neste ranking, 40% dos pontos têm origem numa pesquisa de reputação acadêmica e outros 10% em uma avaliação de empregadores da mão de obra formada pelas instituições. Tais pesquisas mudam a base de entrevistados periodicamente, o que gera oscilações nos resultados.
O fenômeno também foi detectado por uma dissertação de mestrado defendida em 2015 por Carlos Marshal França, professor de administração da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Ele comparou três rankings universitários de caráter nacional organizados por jornais ibero-americanos: o chileno El Mercurio, o espanhol El Mundo e o brasileiro Folha de S.Paulo – RUF. Observou que cada um tem uma forma de coletar dados. Enquanto o chileno se baseia em fontes de informação públicas e indicadores bibliométricos, o espanhol usa questionários respondidos pelas instituições e por professores. Já o brasileiro mescla dados públicos e entrevistas com professores e profissionais do mercado de trabalho – e tem promovido mudanças para aperfeiçoar a sua metodologia. O chileno apresentou os resultados mais estáveis: eventuais variações de um ano para o outro limitavam-se à perda ou à conquista de uma ou duas posições na escala. No Folha RUF, entre as 20 melhores universidades, houve mudanças de até sete posições de um ano para o outro.
Interpretação grosseira
A principal contribuição da tese de Solange é mapear o que cada um dos rankings está medindo, diz Samile Vanz, professora da Faculdade de Biblioteconomia da UFRGS. “Frequentemente, os rankings são interpretados de forma grosseira, sem que se entenda o que indicam”, diz. Para Samile, que atualmente estuda os rankings num estágio de pós-doutorado na mesma universidade espanhola onde Solange Santos realizou parte do doutorado, a produção brasileira continua a ser sub-avaliada. “Estou observando que vários rankings que utilizam como referência a base de dados Web of Science não levam em conta todas as coleções de revistas que estão lá dentro. É comum que selecionem duas ou três coleções principais e deixem de fora, por exemplo, o SciELO Citation Index, coleção na qual está boa parte da produção do país”, diz. Samile destaca que rankings não são instrumentos neutros. “É comum que empresas responsáveis pelos levantamentos vendam serviços associados aos dados e que as instituições listadas os utilizem em suas estratégias de marketing”, diz.
Segundo Solange Santos, as classificações têm dificuldade de mensurar todas as dimensões da qualidade acadêmica. “Os rankings medem o que é possível medir, não o que gostariam”, afirma. Indicadores objetivos, como produção científica, citações e pesquisadores premiados, podem ser apropriados para comparar instituições de todo o mundo, mas há dificuldades com parâmetros como reputação acadêmica e qualidade da formação dos recursos humanos. “Os rankings ainda não conseguem medir bem a qualidade do ensino, o engajamento regional das universidades e o impacto na sociedade”, exemplifica. Cada ranking tem uma metodologia própria. A classificação da Universidade Nacional de Taiwan, o NTU Ranking, hierarquiza as universidades com base em indicadores de pesquisa, como o índice-h, o número de artigos altamente citados e o de artigos publicados em revistas de alto impacto. O ranking da Universidade de Leiden, da Holanda, utiliza indicadores sobre o número de publicações e citações, com destaque para os que medem ciência de alto impacto e colaborações no exterior e com indústrias.
A parte mais demorada da pesquisa de Solange foi a análise de 10 anos de produção científica brasileira em bases de dados internacionais, por área do conhecimento. Constatou, em primeiro lugar, que as universidades do país não alcançam posições muito elevadas nos rankings porque, em geral, produzem ciência com baixo impacto. Em 2003, 37,5% das revistas brasileiras estavam no primeiro quartil, grupo que reúne as mais citadas nas respectivas disciplinas. Em 2012, esse percentual havia caído para 28,8%. Já o número de revistas brasileiras no quarto quartil, de menor impacto, cresceu 137% no período. A análise, porém, detectou áreas de excelência. A principal é a Medicina Clínica, graças a uma grande comunidade de pesquisadores que publicou 20,83% de toda a produção científica brasileira entre 2003 e 2012, segundo dados compilados pela pesquisadora. Apenas a USP é responsável por quase um terço dessa produção. No ranking temático da Times Higher Education de 2014, a USP apareceu em 79º lugar em Ciências Clínicas, Pré-Clínicas e da Saúde, e na 92ª posição em Ciências da Vida – no ranking geral, a universidade se classificou no intervalo entre a 201ª e a 225ª colocação.
Outras três áreas em que a pesquisa brasileira se distingue são Física, Geociências e Ciências Espaciais, que, assim como a Medicina, exibem boa capacidade de publicar em revistas de alto impacto. “Nessas áreas, pesquisadores brasileiros mantêm colaborações internacionais com grupos de alto nível. Mas, como a produção é relativamente pequena, isso não tem força para impulsionar as universidades nos rankings gerais”, diz Solange. Outro destaque são as Ciências Agrárias, com 9,62% da produção nacional, embora não se concentrem em publicações de alto impacto. “A produção em ciências agrárias faz com que universidades dedicadas a essa área, como a Federal de Viçosa, se destaquem em rankings temáticos”, afirma. No ranking por área da QS, algumas universidades brasileiras se destacam em Artes e Humanidades. Em Filosofia, Sociologia e História, USP e Unicamp aparecem entre as 100 melhores do mundo (ver Pesquisa FAPESP nº 186).
Rogério Mugnaini, professor da ECA-USP, chama atenção para um efeito dos rankings: eles reafirmam a influência de um conjunto de universidades de origem anglo-saxã utilizando critérios que nem sempre fazem sentido para instituições brasileiras. Um exemplo é o peso que alguns deles conferem à existência de cursos ministrados em inglês, algo frequentemente visto no Brasil como um fator de elitização do ensino superior. “As instituições de maior prestígio tendem a reforçar esse instrumento que ratifica sua posição original de domínio”, diz Mugnaini. Ele trabalha no desenvolvimento de indicadores da produção científica brasileira baseados nas referências do Currículo Lattes, que contêm teses, livros e documentos não usualmente indexados (ver Pesquisa FAPESP nº 233). Para Samile Vanz, é preciso aprofundar estudos sobre os rankings e propor formas de medir dimensões que interessem a comunidades científicas distantes dos países centrais. Ela observa, porém, que ignorar os rankings não é uma alternativa. “Eles servem como referência para a circulação de estudantes e pesquisadores estrangeiros e são importantes para a estratégia de internacionalização das nossas universidades”, diz.
Fonte: Revista Fapesp
Os derivados nocivos da sucralose
Não convém adoçar o cafezinho recém-coado ou a massa do bolo que vai ao forno com sucralose, o edulcorante artificial mais usado no mundo. Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) verificaram que, a partir de 98º Celsius, as moléculas do adoçante começam a sofrer uma transformação química e passam a gerar compostos potencialmente tóxicos e capazes de se acumular no organismo (Scientific Reports, 15 de abril). Na Unicamp, o farmacêutico Rodrigo Catharino e seus colaboradores Diogo de Oliveira e Maico de Menezes aqueceram amostras de sucralose em banho-maria enquanto usavam equipamentos para medir os compostos que surgiam. Largamente usada pelas pessoas e pelas indústrias alimentícia e de medicamentos, a sucralose tem uma estrutura química semelhante à da sacarose, o açúcar comum. Ambas as moléculas são formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio. A sucralose tem ainda três átomos de cloro, que lhe dão maior poder adoçante e facilitam a modificação de sua estrutura.
Fonte: Pesquisa Fapesp
Quando o plágio não aparenta má-fé
Uma consulta feita recentemente ao Committee on Publication Ethics (Cope), fórum de editores de revistas científicas sobre ética na pesquisa, evidenciou os desafios de fazer uma avaliação justa em casos suspeitos de plágio. O editor de um periódico científico, cujas identidade e origem não foram reveladas, informou ao Cope que começou a utilizar softwares para detecção de plágio e registrou uma alta incidência de pequenos trechos ou sequências de frases copiados de outros artigos. O problema atinge entre 30% e 50% dos manuscritos submetidos e, em alguns papers, chega a comprometer a originalidade de até um terço do texto.
Embora pareça assustador, segundo o editor não parece haver má-fé dos autores, uma vez que as sentenças copiadas são curtas e vêm de mais de 60 fontes diferentes – em um dos casos, chegou a mais de 120. “É como se a cópia de um trecho contendo o que se acredita ser uma expressão elegante pudesse compensar a falta de competência linguística do pesquisador”, escreveu o editor, referindo-se a uma grande quantidade de autores que não tem o inglês como língua nativa. “De todo modo, não é satisfatório que um texto contenha um terço de suas passagens inspiradas em outras fontes. Não é o que se possa considerar uma boa prática de escrita científica.”
O Cope respondeu à consulta recomendando uma análise caso a caso, levando em conta as características do texto reciclado. Uma duplicação na seção de resultados é mais grave do que na introdução ou nos métodos. Frases copiadas num artigo de revisão, composto por avaliações críticas da literatura existente, comprometem mais a sua originalidade do que sentenças duplicadas num paper tradicional, que traz resultados inéditos. Segundo o fórum, o editor deve pedir explicações ao autor caso falte atribuição de autoria em muitos trechos do artigo e tomar atitudes mais drásticas se as ideias defendidas pelo autor pertencerem a outras pessoas.
“O editor deve seguir checando todos os manuscritos usando softwares antiplágio e rejeitar os artigos com sobreposição de textos moderada ou grande”, sugere o Cope. A instituição a que o autor pertence deve ser alertada se houver, de fato, uma suspeita de má conduta ou se o editor colher evidências de que o pesquisador trabalha num ambiente que não valoriza as boas práticas científicas.“Caso os autores sejam jovens pesquisadores, o editor deve pedir a eles para reescrever as passagens copiadas e submeter de novo o artigo”, recomenda o Cope.
Fonte: Pesquisa Fapesp
FDA confirma obrigatoriedade na declaração dos açúcares de adição no rótulo
O U.S. Food and Drug Administration finalizou no dia 20 de maio uma nova proposta de rotulagem nutricional. O novo rótulo visa auxiliar os consumidores a fazer escolhas alimentares mais informadas.
Dentre as modificações destaca-se de modo positivo a inclusão da informação sobre açúcar de adição.
Para mais informações acesse o site do FDA.
Fonoaudiologia oferece apoio a universitários com dificuldades em leitura e escrita
A professora Ana Paula Santana, do curso de Fonoaudiologia, esclarece que somente estudantes universitários que têm dificuldade em leitura e escrita podem participar do projeto de extensão. Os atendimentos são realizados na Clínica de Fonoaudiologia, todas as quartas-feiras, às 17h15. Agendamentos pelo e-mail lais.donida@gmail.com.
Pesquisa retorno ao Brasil após período no exterior
O retorno ao Brasil de outro país estrangeiro pode trazer uma série de dificuldades na adaptação ao Brasil. Com o propósito de entender melhor o processo de adaptação no retorno de brasileiros, o Departamento de Psicologia Social, Trabalho e Organizações da Universidade de Brasília está lançando uma pesquisa on-line.
Se você teve uma vivência fora do Brasil (6 meses mínimo) e retornou ao Brasil (mesmo se fizer muitos anos), por favor, participe da pesquisa. A participação é voluntária, demorará 10-15 minutos de seu tempo, e pode ser feita, inclusive de seu celular e tablet, por meio do link:
https://pt.surveymonkey.com/r/RetornoBrasil
Quanto mais brasileiros que tiveram uma vivência fora do Brasil, melhor será o retrato desta adaptação. Pedimos seu apoio para divulgar este convite entre seus contatos e nas redes sociais.
Seleção para bolsista de pós-doutorado
Concurso para docente no Departamento de Ciência dos Alimentos UFBA
ESCOLA DE NUTRIÇÃO
DEPARTAMENTO CIÊNCIA DOS ALIMENTOS
Área de Conhecimento: Ciência e Tecnologia dos Alimentos
Classe: A Denominação: Professor Adjunto A RT: DE Vagas: 01
Titulação: Profissional graduado em Nutrição, ou Farmácia e Bioquímica, ou Engenharia de Alimentos, com título de Doutor na área do tema do Concurso e outras áreas afins.
Tipo de Prova: Escrita, didática, títulos e defesa de memorial.
Período de Inscrição: de 02/05/2016 a 30/06/2016.
Para mais informações acesse o site.
NUPPRE comemora 10 anos
Boletim Rede @limenta – Conquistas Sociais
Atalho para chegar ao paper
Uma nova plataforma on-line foi criada para ajudar a encontrar artigos científicos divulgados em acesso aberto ou cópias gratuitas de papers publicados em periódicos comerciais. O DOAI (sigla em inglês para Identificador Digital de Acesso Aberto), disponível no endereço doai.io, é um serviço capaz de rastrear a existência de versões disponíveis na internet de trabalhos científicos. É preciso fornecer o código identificador do artigo desejado, no padrão conhecido como DOI, para que a ferramenta mostre, quando existirem, versões armazenadas em coleções de universidades ou perfis de seus autores. O banco de dados que alimenta o DOAI é o Base, da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, que indexa quase 90 milhões de registros de 4 mil repositórios acadêmicos e outras fontes de acesso aberto no mundo inteiro. “A abrangência é impressionante”, disse Roger Schonfeld, diretor da Ithaca S+R, empresa de comunicação científica, em seu blog no portal The Scholarly Kitchen. “E a busca parece não privilegiar canais oficiais, como grandes repositórios de acesso aberto”, diz ele, que encontrou na plataforma textos de sua autoria indexados no repositório de uma biblioteca da Universidade do Norte do Texas.
A quantidade de artigos científicos disponíveis na internet é crescente. Estima-se que 40% dos papers sejam publicados atualmente em regime de acesso aberto. Esse quinhão é maior quando se analisa o universo de artigos publicados no passado. Ocorre que um conjunto cada vez maior de manuscritos migra ao longo do tempo do acesso fechado, em que só podem ser vistos por assinantes das revistas que os publicaram, para o acesso aberto, em que são franqueados na internet. Um estudo divulgado em 2013 pela União Europeia mostrou que 50% de todos os artigos publicados entre 2004 e 2011 estavam naquele momento disponíveis gratuitamente.
Um dos méritos da ferramenta DOAI é difundir os artigos em acesso aberto sem exigir que o usuário compreenda as regras e a terminologia que regem esse modelo. O acesso aberto se divide em duas grandes vertentes. Uma delas é a “via dourada” (golden road), aquela em que os periódicos são abertos e oferecem o acesso gratuito a seu conteúdo. Entre os exemplos dessa estratégia destacam-se as revistas da Public Library of Science (PLoS) ou a coleção de periódicos da biblioteca SciELO Brasil, um programa financiado pela FAPESP. A segunda vertente é conhecida como “via verde” (green road). Nessa modalidade, um autor é autorizado a arquivar no banco de dados de sua instituição ou em seu perfil profissional uma cópia de seus artigos científicos publicados numa revista comercial. Quem quiser ler o artigo sem pagar pode recorrer a esses repositórios – e a maioria deles está no banco de dados do DOAI.
Há diversas outras variantes. Algumas publicações permitem que os autores depositem cópias de seus artigos em repositórios, mas exigem que a divulgação só seja feita de seis meses a um ano após a publicação, para preservar seus ganhos nesse período inicial. Instituições de apoio, como a Wellcome Trust, fundação britânica de apoio à pesquisa biomédica, e os National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, exigem que os pesquisadores financiados por elas disponibilizem seus artigos em bases de dados de acesso aberto, como o PubMed Central, após um ano da publicação original em revistas científicas de acesso fechado. Outras revistas abrem mão do embargo e divulgam artigos na internet até mesmo antes da publicação do periódico em papel – mas cobram uma taxa adicional do autor para fazer a divulgação livre e antecipada.
Difusão
“O sistema de comunicação científica é complexo. O DOAI pode tornar-se uma ferramenta de localização importante, mas ainda é necessário consolidar a plataforma”, diz Abel Packer, diretor do programa SciELO. De acordo com ele, o DOAI ainda não é muito conhecido e é cedo para saber se terá uma aceitação generalizada. “A difusão deve levar um tempo. Se tudo der certo, todos os artigos indexados no SciELO terão código identificador”, diz Packer.
O DOAI é uma alternativa legal ao site Sci-Hub, criado em 2011 pela programadora e estudante do Casaquistão Alexandra Elbakyan e sediado em São Petersburgo, na Rússia. Trata-se de um repositório on-line com 48 milhões de artigos, na maioria com direitos autorais protegidos, que em fevereiro chegou a registrar 200 mil consultas por dia. O funcionamento do Sci-Hub tem semelhanças com o DOAI, além de uma busca mais abrangente, que não se limita ao código DOI. Seu gigantesco banco de dados oferece artigos que foram baixados por meio do uso de senhas cedidas por assinantes e são disponibilizados livremente. A editora acadêmica Elsevier iniciou em 2015 um processo contra a idealizadora do Sci-Hub numa corte em Nova York por violação de direitos autorais, mas encontra dificuldade em cercear juridicamente uma iniciativa sediada num país distante. “Uma única mulher conseguiu realizar uma colossal disponibilização pública de milhões de artigos antes restritos”, diz Moreno Barros, bibliotecário e doutor em História da Ciência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Para ele, iniciativas como o DOAI e o Sci-Hub indicam que a comunicação científica está mudando num ritmo lento e que o movimento do Acesso Aberto, lançado em 2002 com o objetivo de franquear o acesso à produção científica, teve resultados limitados. “Coletivamente, o esforço de 14 anos para tirar o conhecimento das mãos das editoras, um artigo de cada vez, resultou por ora em 40% de novos artigos livres”, afirma Moreno Barros.
Fonte: Pesquisa Fapesp
Boletim Rede @limenta – Conquistas Sociai
Pesquisa: Importância da publicação dos resultados de pesquisas acadêmicas
Gostaríamos de convidar os estudantes deste curso para participar desta pesquisa que visa identificar a relevância da publicação durante o período de formação acadêmica e profissional dos estudantes.
Buscamos, por meio deste breve questionário, conhecer quais os principais desafios enfrentados pelos estudantes de graduação e pós-graduação na hora de desenvolver a escrita para apresentação dos resultados de suas pesquisas, seja na construção de artigos, capítulos de livros ou livros de autoria própria ou coletiva.
Para tanto solicitamos a colaboração da divulgação da pesquisa disponível no link a seguir.
http://goo.gl/forms/wzKRnJ9tgN
Agradecemos sua atenção e nos colocamos a disposição.
Pint of Science Brasil
Que a ciência é uma atividade muito divertida os cientistas já sabem! Agora, eles vão sair dos seus laboratórios durante três noites especiais só para contar a você como é o trabalho que eles fazem e os impactos disso na sua vida! É o Pint of Science, um festival internacional de divulgação científica que nasceu na Inglaterra em 2013.
Não perca essa oportunidade de conhecer um pouco mais sobre alguns assuntos instigantes que estão dando o que falar e esclareça suas dúvidas diretamente com quem faz ciência. Na nossa programação tem uma variedade impressionante de temas, vamos falar de átomos, genes, vírus, cérebro, sociedade, tecnologia, sustentabilidade, planetas, galáxias e muito mais!
É gratuito! Participe dessas três noites de muita diversão e ciência.
23, 24 e 25 de maio
Fonte: Pint of Science Brasil
Publishing key research in Ultra-processed foods
Public Health Nutrition will publish a special issue on “ultra-processed foods”(UPFs). This issue represents an effort to analyse the impact of UPFs on public health nutrition and diet-related outcomes, and to describe efforts in the research and application of a food classification based on the extent and purpose of food processing in nutrition monitoring, epidemiology, interventions and policies.
ACCESS CURRENT RESEARCH ON ULTRA-PROCESSED FOODS (until 31 October 2016)
PHN has already published research in this important area:
Trends in consumption of ultra-processed foods and obesity in Sweden between 1960 and 2010
Sodium content and labelling of processed and ultra-processed food products marketed in Brazil
Public Health Nutrition is published on behalf of The Nutrition Society
Programa de Apadrinhamento
Você gostaria de fazer intercâmbio sem sair do Brasil?
Participe do Programa de apadrinhamento da UFSC!
Este programa foi criado com intuito de orientar e auxiliar os estudantes internacionais em como proceder nos primeiros momentos em Florianópolis e na UFSC e, em contrapartida, proporcionar aos nossos estudantes a oportunidade de estar em contato com estudantes de universidades do exterior e de culturas do mundo inteiro.
Por que apadrinhar um estudante de intercâmbio?
Apadrinhar um estudante internacional é uma ótima forma de praticar um idioma, conhecer outras culturas e fazer novas amizades. Ademais, é uma oportunidade de ajudar alguém (que provavelmente chegará sem as informações essenciais do país) e ser um multiplicador de oportunidades. Por fim, apadrinhar um intercambista significa ajudar no desenvolvimento dos programas internacionais de intercâmbio, consolidando parcerias entre universidades renomadas. E, claro, ser parte de tudo isso!
Se você se interessou pelo Programa, veja aqui todas as orientações.
Inscrições e seleção
Para se tornar um padrinho, preencha o Formulário de Apadrinhamento, informando a preferência de acordo com o idioma e o sexo. Ressaltamos que os estudantes Portugueses também precisam de padrinhos. A divulgação dos selecionados e seus respectivos afilhados será através dos e-mails pessoais. Caso ainda faltem padrinhos, a seleção será prolongada.
Período de Inscrições – até dia 15 de junho de 2016.
Fonte: SINTER UFSC
Processo Seletivo 2016 – Mestrado em Alimentação e Nutrição- UFPR
Programa de Pós-graduação em Alimentação e Nutrição da UFPR.
Edital 004/2016 para o processo seletivo. Início das inscrições em 22/04/2016.
Visite a página e fique atento à documentação e os prazos contidos no Edital.
Visite www.pgnutricao.ufpr.br
Boletim Rede @limenta: 26/04/2016
MDS padroniza Cisterna Telhadão no Semiárido A tecnologia tem capacidade para captar e armazenar 25 mil litros de água da chuva para ser utilizada na irrigação do plantio e na criação de animais Damiana de Oliveira Lima, 31 anos, mora na comunidade Tapuio, em Poço das Trincheiras (AL). Agricultora familiar, nunca teve a oportunidade de criar animais e de plantar hortaliças e verduras, mesmo que fosse para o consumo próprio, do marido e dos dois filhos. “Só conseguia plantar o coentro numa bacia.” |
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Agricultores familiares já podem enviar propostas de venda ao PAA
As regiões Norte e Nordeste irão receber 60% dos recursos repassados pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). |
Agricultores familiares já podem enviar propostas de venda ao PAA
As regiões Norte e Nordeste irão receber 60% dos recursos repassados pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA). |
O Começo da Vida O documentário da diretora Estela Renner tem sua estreia marcada para 5 de maio nos cinemas e na plataforma VideoCamp. O filme apresenta um dos maiores avanços da neurociência nos últimos anos: a descoberta de que os bebês se desenvolvem não apenas a partir de seu DNA, mas da combinação entre sua carga genética e as relações com aqueles que os rodeiam. |
Embrapa realiza a Tecnofam 2016, de 11 a 13 de maio, em Dourados (MS) Agricultores familiares vão se reunir para conhecer e trocar informações sobre atividades produtivas e agregar valor aos processos mercadológicos |
Consulta aberta! 2º Ciclo do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis
Contribua com propostas que permitam promover a melhoria da qualidade de vida, o avanço social e o crescimento econômico do País na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. |
PAA entregou 25 toneladas de alimentos para famílias e instituições socioassistenciais no Acre
Alimentos foram comprados de agricultores familiares por meio da modalidade compra com doação simultânea e distribuídos pelo Banco de Alimentos de Rio Branco. |
Agrotóxicos, terra e dinheiro: a discussão que vem antes da prateleira | USP – Universidade de São Paulo
A geógrafa Larissa Mies Bombardi fala sobre a legislação que regula estes produtos no Brasil e defende uma agricultura sem agrotóxicos
O Brasil ocupa o primeiro lugar na lista de países que mais consomem agrotóxicos. O uso massivo desses produtos é explicado por uma economia que exporta commodities em grande escala, em especial a soja, e um modelo de agronegócio baseado em grandes extensões de terra produzindo poucas culturas.
Nos últimos cinco anos, a geógrafa Larissa Mies Bombardi tem se dedicado a estudar o impacto do uso dos agrotóxicos no país, em especial a partir do mapeamento dos casos de intoxicação – segundo a professora, de 2007 a 2014 foram notificados 1186 casos de morte por intoxicação com agrotóxicos.
Coordenadora do Laboratório de Geografia Agrária da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Larissa comenta o Projeto de Lei em tramitação na Câmara que concentra no Ministério da Agricultura o controle do registro dos agrotóxicos, responsabilidade que hoje é compartilhada com órgãos dos Ministério da Saúde e do Meio Ambiente. A pesquisadora fala também sobre como os recentes casos de microcefalia associados ao vírus zika podem acabar contribuindo para a aprovação de medidas que autorizam a pulverização de áreas urbanas com agrotóxicos para o combate ao mosquito.
Boletim Caisan (15/04/2016)
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Merendeiras brasileiras participam de intercâmbio cultural no ChileA viagem é parte do prêmio que as profissionais (uma de cada região do país) receberam por terem se destacado no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) Saiba mais |
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Reunião discute política de
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Oficina para Plano Estadual de
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Modelo de gestão do Banco de
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Coordenadora de Alimentação e
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Pesquisadores iniciam no Inpa a criação da Rede Global em Segurança AlimentarNa Amazônia, o desafio é gerar hábitos saudáveis de alimentação nas comunidades tradicionais e indígenas Saiba mais |
Especialistas debatem
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Boletim Rede @limenta – Assembleia Geral da ONU lança Década de Ação pela Nutrição (07/04/2016)
Assembleia Geral da ONU lança Década de Ação pela Nutrição Resolução teve apoio do Brasil, que já define para os próximos anos diversas iniciativas para a promoção da alimentação saudável A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (1º), em Nova Iorque, EUA, resolução que define que o período de 2016 a 2025 é a Década de Ação pela Nutrição. Leia mais » |
“Brasil se tornou uma referência internacional de políticas de segurança alimentar e nutricional” Representante da FAO destaca iniciativas que contribuíram para o país sair do Mapa Mundial da Fome, durante o lançamento de livro sobre experiências brasileiras. Leia mais » |
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Boletim Brasil Social – Abril/2016
Dia Mundial da Saúde: qualidade da alimentação é prioridade Ações do governo federal combatem obesidade e sobrepeso, que levam a doenças como diabetes, tema definido para a data pela Organização Mundial da Saúde Ampliar o acesso à alimentação saudável e combater o sobrepeso e a obesidade são prioridades para o país. Superada a fome como problema estrutural, a agenda para os próximos anos concentra esforços na redução do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, que levam a doenças como a diabetes, tema do Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quarta-feira (7) pela Organização Mundial da Saúde. |
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A importância de estar presente
Estudo mostra que colaborações científicas no Brasil ainda são influenciadas pela proximidade entre pesquisadores.
O crescimento da colaboração entre pesquisadores brasileiros ainda é bastante influenciado pela proximidade geográfica dos parceiros. O
achado, obtido a partir da análise dos dados de mais de 1 milhão de currículos acadêmicos da Plataforma Lattes, sugere que os avanços em tecnologias de comunicação não foram fortes o bastante para derrubar os efeitos da distância na hora de semear parcerias em artigos científicos. O peso da proximidade continua muito importante, indica artigo publicado em janeiro por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do ABC no Journal of the Association for Information Science and Technology. Segundo o estudo, uma distância de 100 quilômetros (km) entre dois pesquisadores brasileiros reduz a probabilidade de colaboração em 16,3% em média. Mas o efeito não é linear. Um aumento de 300 km na distância diminui a probabilidade de cooperação em 41,3%. Observou-se, ainda, que o fenômeno atinge de modo peculiar as colaborações em diferentes áreas do conhecimento (ver gráfico). Por exemplo: uma distância de 400 km entre dois pesquisadores reduz em 40% as chances de publicar um trabalho em colaboração se eles forem das áreas de linguística, letras e artes, enquanto o impacto chega a 65% caso eles pertençam ao campo das ciências agrárias, exatas e da Terra.
Segundo o economista Eduardo Haddad, um dos autores do artigo, o contato pessoal e frequente entre pesquisadores facilita interações e amplifica a produtividade dos parceiros. “Veja o caso do nosso artigo. Envolveu grupos de unidades diferentes da USP, que se encontraram facilmente porque bastava atravessar a rua para conversar”, diz Haddad, que é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e pesquisador do Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP. “A produção científica brasileira cresceu nos últimos anos e esse crescimento envolveu um aumento notável do número de colaborações”, afirma o pesquisador.
Compreender a dinâmica das colaborações, dentro e fora do Brasil, e estimulá-las é importante para aumentar a visibilidade da pesquisa brasileira, afirma Samile Vanz, professora da Faculdade de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que se dedica ao estudo de colaborações científicas (ver Pesquisa FAPESP nº 169). “É sabido que artigos escritos por vários autores têm mais chance de ser citados do que os escritos por autores isolados. Ampliar a produção científica implica ampliar as colaborações”, diz ela.
A pesquisa que deu origem ao artigo foi feita durante o mestrado do economista Otávio Sidone, orientado por Haddad e concluído em 2013, que analisou a distribuição das redes de colaboração científica no Brasil entre 1990 e 2010. “Meu interesse inicial era estudar como o conhecimento produzido pela universidade transborda para a comunidade e tem impacto no desenvolvimento regional, mas no percurso resolvi me concentrar nos fluxos de conhecimento que ocorrem entre regiões brasileiras”, diz Sidone. A análise do efeito da proximidade nas colaborações tornou-se viável com a participação do pesquisador em ciência da computação Jesús Mena-Chalco, que à época fazia estágio de pós-doutorado no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP – hoje é professor da Federal do ABC. Mena-Chalco foi o autor de um estudo, publicado em 2014, que analisou o perfil das colaborações científicas brasileiras com base no cruzamento de dados de 1,1 milhão de currículos Lattes (ver Pesquisa FAPESPnº 218).
“No primeiro trabalho, o foco era o pesquisador. Já nesse estudo buscamos compreender como a geolocalização influencia na colaboração. Eu imaginava que essa influência tinha perdido importância, mas não é o que mostrou a análise dos dados ao identificar as cidades onde trabalham os pesquisadores brasileiros que colaboraram entre si”, diz Mena-Chalco, que atualmente se dedica a criar uma plataforma com a genealogia dos pesquisadores do Brasil, a fim de mostrar a influência de líderes do passado na formação da geração atual. O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
As chances de cooperar variam segundo outros fatores. Em campos do conhecimento cuja pesquisa depende de investimentos vultosos em infraestrutura, como grandes laboratórios ou hospitais universitários, a proximidade tem peso maior. “Grandes instalações de pesquisa costumam concentrar-se em grandes cidades e os pesquisadores precisam se deslocar até elas para trabalhar juntos. É mais difícil cooperar a distância”, afirma Eduardo Haddad. “Já em áreas ligadas às humanidades e às ciências sociais, é mais viável fazer pesquisa colaborativa de forma não presencial. Eu, por exemplo, preciso apenas de uma boa conexão à internet e acesso a bancos de dados para trabalhar com colaboradores.”
O estudo mapeou quais são os pares de cidades brasileiras em que foram contabilizados os maiores índices de colaboração. Metrópoles que sediam grandes universidades aparecem nesse ranking ao lado de cidades vizinhas com tradição muito menor de pesquisa. Na lista mais recente, com dados de 2007 a 2009, São Paulo desponta na companhia de Santo André (que abriga a jovem Universidade Federal do ABC), o Rio de Janeiro aparece na companhia de Niterói (onde funciona a Federal Fluminense) e de Seropédica (sede da Federal Rural do Rio de Janeiro), assim como Porto Alegre com a cidade gaúcha de Santa Maria (também sede de uma federal). Mas há circunstâncias que superam o efeito da proximidade. Os dados mostram que metrópoles que concentram grande produção científica atraem naturalmente mais colaborações, dentro ou fora de sua área de influência.
A capital paulista está em seis das nove parcerias de municípios com colaborações mais frequentes entre 2007 e 2009. Sede do campus principal da USP, que responde por 25% da produção científica brasileira, e de instituições como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a capital paulista lidera a lista ao lado de Campinas (onde está a Universidade Estadual de Campinas, Unicamp); aparece em 3º lugar ao lado de Ribeirão Preto (em que fica outro campus da USP); em 4º, com o Rio de Janeiro; em 6º, com Porto Alegre; em 9º, com Santo André; e em 10º, com Curitiba. Dados obtidos para períodos anteriores destacaram parcerias entre São Paulo e cidades paulistas como São Carlos, sede de uma universidade federal e um campus da USP, e Botucatu, que abriga um dos campi da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “As parcerias entre municípios seguem uma espécie de modelo gravitacional e isso explica por que São Paulo e Rio de Janeiro são líderes naturais de colaborações, tanto com instituições de cidades próximas como distantes”, diz Haddad.
O padrão espacial da cooperação pode variar entre as áreas de conhecimento. O artigo apresenta dois exemplos, que também ilustram esta reportagem (ver mapas acima): o fluxo de colaborações nos campos de ciências da saúde e ciências agrárias. No caso da pesquisa em saúde, o fluxo principal de colaborações ocorre dentro do estado de São Paulo, em torno de municípios como a capital paulista, Ribeirão Preto e Campinas. “A concentração nesse corredor é impressionante”, diz Otávio Sidone. Partindo da capital, há uma rede de parcerias com cidades nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
Já nas ciências agrárias, o perfil é mais descentralizado. Enxergam-se duas redes distintas. A que mais semeia colaborações parte de Viçosa, cidade mineira que abriga uma das mais importantes universidades dedicadas à agricultura do país, e se ramifica para diversos estados do Nordeste e do Centro-Oeste. Uma segunda rede envolve cidades paulistas onde existem campi da USP (São Paulo, Piracicaba e Ribeirão Preto), da Unicamp (Campinas) e da Unesp (Jaboticabal e Botucatu). “Há uma rede de colaborações partindo de Viçosa que se vincula a unidades da Embrapa espalhadas pelo país e outra rede de parcerias dentro de São Paulo com interesses regionais, como a produção de biocombustíveis”, diz Eduardo Haddad.
O pesquisador observa que as colaborações científicas crescem de acordo com um padrão e seguem uma hierarquia. “A grande maioria delas nasce da relação entre pesquisadores e seus orientadores, espalha-se por outras cidades à medida que filhos e netos acadêmicos de líderes de pesquisa vão trabalhar em instituições diferentes e cria novos elos por meio de doutorados sanduíche no exterior ou estágios de pós-doutorado”, diz. Segundo Haddad, as parcerias têm vários níveis de interação. A primeira delas envolve os grandes centros de excelência, que conseguem colaborar com instituições internacionais e se apropriam de conhecimento produzido fora do país. Esses grandes centros vão estabelecer colaborações no Brasil primeiro com grupos mais fortes e, em um segundo momento, com regiões menos desenvolvidas, graças, por exemplo, à conexão com filhos e netos acadêmicos ou a parcerias que envolvem coletas de dados.
Especialista em geografia da inovação, Renato de Castro Garcia, professor do Instituto de Economia da Unicamp, observa que os resultados sobre as colaborações no ambiente acadêmico coincidem com o que se conhece sobre interações entre pesquisadores e empresas. “Nas relações entre universidades e setor privado, as interações frequentes e o contato face a face permitem que aconteça de modo mais fluente o compartilhamento de um tipo de conhecimento que não está em livros e manuais, mas depende da experiência profissional dos interlocutores”, diz. Mas a proximidade geográfica, afirma Garcia, não é o único fator envolvido em interações que produzem inovações. “Também tem peso o que se chama de proximidade cognitiva, que é uma profunda familiaridade compartilhada entre os interlocutores sobre o tema em questão, a proximidade temporária, que é a possibilidade de interagir com certa frequência, mas não o tempo todo, por meio de reuniões e visitas técnicas, e a proximidade social, que é o vínculo de confiança entre as duas partes que se estabelece ao longo do tempo e permite a troca constante de informações, mesmo a distância.” Segundo Garcia, esses tipos de proximidade são visíveis no ambiente acadêmico e frequentemente se mesclam. “Orientadores e seus alunos podem se afastar geograficamente, mas preservam as proximidades cognitiva, temporária e social”, afirma. Para Samile Vanz, embora as agências de fomento estimulem a pesquisa em colaboração, deveria haver mais ferramentas para disseminar as parcerias num território extenso como o do Brasil. “Participações em bancas de mestrado, doutorado e concursos públicos são momentos que possibilitam o contato entre pesquisadores e podem representar o início de um projeto de pesquisa em colaboração. No entanto, as diárias pagas pelos programas de pós-graduação estão defasadas, o que leva o pesquisador a arcar com parte de suas despesas de viagem.”
Artigo científico
SIDONE, O. J. G.; HADDAD, E. A.; MENA-CHALCO, J. P. Scholarly publication and collaboration in Brazil: The role of geography. Journal of the Association for Information Science and Technology. on-line, 11 jan. 2016.
Fonte: Revista Pesquisa FAPESP
Gordura trans pode estar com os dias contados
Nesta quarta-feira (30/03), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo ao projeto de lei (8.194/2014) oriundo do Senado que prevê a proibição do uso de gordura vegetal hidrogenada, conhecida também como gordura trans, em todo o país.
Para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a decisão é relevante, pois pode acelerar o processo de retirada da substância artificial em alimentos do mercado brasileiro, como em audiência pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizada na última segunda-feira (28/03), em Brasília. “São evidentes os efeitos negativos dessa substância para a saúde e também sabemos que as medidas adotadas até o momento são falhas e insuficientes”, comenta Ana Paula Bortoletto, nutricionista, pesquisadora do Idec e conselheira do Consea.
Após a audiência, a Anvisa abriu um canal para receber as contribuições da sociedade sobre a discussão da gordura trans. O formulário fica disponível para o público até 11 de abril. Agora, o texto da proposta volta para o Senado antes de virar lei. Segundo a conselheira, no entanto, ainda há ajustes a serem feitos na proposta atual que serão encaminhados em breve pelo Idec aos senadores.
Caso o projeto seja aprovado, até 2019 todos os alimentos produzidos e comercializados no país, ainda que importados, não poderão ter na sua composição a presença da gordura trans. Uma pesquisa online – feita pelo Idec com 1.624 consumidores – aponta que 95% dos participantes concordam com a proibição da gordura trans, considerando os riscos que o consumo traz à saúde.
O levantamento, inédito sobre o tema no país, também mostra que uma considerável fatia das pessoas (89,2%) busca se informar sobre a presença da substância nos alimentos industrializados por meio da tabela nutricional, lista de ingredientes e a parte frontal dos rótulos – que juntos somam 47% das respostas.
Apesar disso, os resultados indicam que 34% acreditam que os fabricantes omitem ou manipulam as informações nutricionais, e 30% acham que falta clareza nos rótulos. “Atualmente, a declaração de ausência não significa que o alimento seja livre de gordura trans, já que a atual regulação permite que um produto declare ter ‘zero’ gordura trans, mesmo que o teor seja igual ou menor que 0,2 g na quantia declarada”, comenta Ana Paula Bortoletto.
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Confira os resultados da pesquisa.
Pulverização aérea para Aedes aegipty
Fumacês
Sobre o uso do fumacê: para que ele seja efetivo, já que é um aerossol e faz aquela nuvem de veneno, a gotícula desse aerossol tem que entrar em contato com a forma alada do mosquito para matá-lo. Veja como essa possibilidade é muito pequena na medida em que o mosquito é muito adaptado ao ecossistema urbano, pois não é à toa que conquistou as cidades e sabe se alojar em múltiplos esconderijos.
E o que é pior: com anos e décadas de usos intensivos dos fumacês, o mosquito foi ficando resistente ao veneno. Isso está obrigando o Ministério da Saúde a usar o Malathion , um organofosforado que atinge o sistema nervoso central e é considerado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer – IARC um provável carcinógeno humano. E veja que, com tudo isso, o governo continua querendo matar o mosquito com bala de canhão e, agora, ainda quer banhar as grandes metrópoles brasileiras com um provável carcinógeno humano. Isso é muito grave! Essa substância está liberada para uso e é encontrada em todo o país. E ainda, para ajudar… Deputados Federais ligados ao agronegócio estão propondo o uso de aviões para pulverizar esse veneno sobre as cidades.
Tel.: (48) 3330-9523 www.mp.sc.gov.br
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